A Luiza de sete anos de idade já sabia que seria jornalista. Nunca pensei em fazer algo diferente, embora tenha dado indícios de cabeleireira, ao cortar o cabelo da coleguinha (primeira e única vez que assinei advertência na escola – Mas, fala sério. Foi legal!). Porém, se eu não soubesse desde pirralha o que gostaria de ser, ao me perceber brincando de apresentar telejornais e escrevendo/decorando notícias, eu teria passado por uma das fases mais decisivas da vida de quem tem mais opções.
“Escolha um trabalho que você ame e você nunca terá que trabalhar um dia em sua vida.” Eu usaria essa tradicional frase para aconselhar quem ainda tem dúvidas. Mas, como saber exatamente o que você ama? Eu começaria pensando: Sou capaz de me entregar por qual trabalho? Qual profissão me faria trabalhar por meu salário mas também pela empresa e por meus ideais?
Se você acha difícil o que faz, você não escolheu certo. Não há nada mais gratificante do que sentir que seus esforços são por algo que faz teu coração vibrar. No jornalismo, por exemplo, tenho emoções diárias. Sou feliz a cada linha, a cada notícia boa, a cada evolução e a cada entrevistado que vira amigo. Se eu não amasse o que faço, seria complicado aguentar o lado ruim. Seria difícil ter força de encarar as notícias tristes ou plantões exaustivos. Quando se tem amor, tudo é mais fácil.
E por que eu digo isso? Eu falo do amor que sinto para todos vocês também priorizarem seus corações na hora de escolher o que vão fazer. Escolha com amor, mas também não desista dele. Amar e ser profissional são questões de entrega. É não ser egoísta e olhar ao redor. É priorizar o melhor para todos e não o melhor para si. É muito bom ser feliz na família, no relacionamento e nas amizades. Mas, imagine ser feliz em tudo isso e ainda sorrir ao trabalhar?
Para isso, escolha o que você ama e, depois disso, faça por merecer.
