Os moradores de Reserva dos Kroth, onde um bugio com febre amarela foi encontrado morto, são vacinados pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul. De acordo com o Executivo, apenas a vacinação pode conter o vírus, que não é registrado nos gaúchos há mais de 10 anos. Além de Santa Cruz do Sul, outros 22 municípios do Rio Grande do Sul já apresentaram registros positivos para a doença em primatas mortos.
De acordo com a médica veterinária Daniela Klafke da Vigilância Sanitária, a agente de saúde local e uma enfermeira da ESF Progresso já realizam o levantamento de quais moradores da Reserva dos Kroth não possuem a vacina e já efetuam a imunização. "É uma busca ativa", explica. Além da região onde o animal foi localizado, a Prefeitura também fará o mapeamento dos locais de ocorrência de populações de bugios para monitoramento, como Linha Santa Cruz e Rio Pardinho, áreas mais rurais. "Não podemos esperar ter um foco", diz.
Nesse processo de prevenção, a médica veterinária também destaca a importância de entender que o bugio não transmite a febre amarela. "Não matem os animais. São eles que nos mostram, como um sinalizador, a presença do vírus", ressalta. A transmissão é feita por mosquitos Haemagogus que vivem em áreas de mata e por isso, num primeiro momento, a ação mais efetiva a ser realizada é a vacinação, além do uso de repelente e instalação de telas para quem mora próximo a essas regiões.
Porém, Daniela explica que caso a doença chegue na área urbana, através do aedes aegypti, os planos de controle da febre amarela seguirão os mesmo adotados para a dengue. Para evitar casos em humanos, a Vigilância Sanitária indica a vacinação para todos que ainda não foram vacinados. Conforme Daniela, há doses em todas as unidades de saúde de Santa Cruz do Sul. Quem já tomou a vacina contra febre amarela não precisa se revacinar. As únicas exceções são para pessoas que tomaram a dose fracionada da vacina e para crianças de 9 meses a cinco anos de idade, que precisam de reforço.
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