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Confira o significado dos vestidos de cada uma das candidatas a soberanas da 37ª Oktoberfest


Fonte: Four Comunicação
Publicado 10/07/2022 18:45
Atualizado 11/07/2022 06:09

Geral Cobertura Especial   BELDADES

As 12 meninas que concorrem aos títulos de rainha e princesas da 37ª Oktoberfest vestem lindos vestidos. Cada um deles, pensado e projetado com muito carinho, tem um significado todo especial. Durante a noite de escolha, neste domingo (10), todas elas desfilaram e nas passarelas esbanjaram simpatia e muita beleza.

Confira o significado dos vestidos de cada um das candidatas. 
  • Eduarda Glesse

A Eduarda foi criada entre receitas e aromas, em uma família com tradição na culinária alemã. A famosa Cucas da Rosana é para ela simplesmente gostinho da cuca da mãe.  Herdar estes dotes culinários é sinônimo de orgulho para ela. Um aprendizado passado de geração em geração, de sua avó para sua mãe, e de sua mãe para ela. Como seria possível não contar essa história tão especial em seu traje?

A cuca é um prato tipicamente alemão, enraizado em nossas origens desde a vinda dos imigrantes. Uma iguaria apreciada que se tornou patrimônio de nosso município e que está, com certeza, entre as preferências dos nossos turistas. Um prato muito importante para nossa cultura, economia e sua família.

Pensando no aroma e sabor inconfundível, recém saído do forno, o streusel, conhecido por nós como o açúcar da cuca, está representado em detalhes no vestido, nas pérolas do avental, nas mangas e no colo. O Xadrez simboliza a força da mulher, desde a chegada de nossos imigrantes e atualmente onde as mulheres tornam-se cada vez mais independentes e ocupam cargos importantes na sociedade e na família.

A Alegria, o legado da Festa e a esperança de dias melhores não poderiam deixar de ser representadas pelo azul e verde. Cores que transcendem gerações, modismos e sempre trazem segurança. Depois de passarmos por tempos difíceis, agora é hora de voltarmos ao nosso novo normal, é hora de abraços, de reunir a família e amigos para refeições cheias de afeto, de dança e união. De ver a alegria tomando conta do povo santa-cruzense. A conexão dos elementos citados, simbolizam o seu desejo de representar a 37ª Oktoberfest, levando muito amor, esperança e alegria ao nosso público.

  • Daniela Schoeninger

Um grande sonho merece um vestido cheio de significados. Ah, a Oktoberfest... Eu cresci apaixonada por essa festa. E foi por isso que eu sempre observei o quão gigante ela é, além dos números finais. Ela é grandiosa pela união de tantas pessoas que juntas buscam um único resultado. Uma Oktoberfest é feita por diversas mãos, assim como o avental que carrego hoje comigo também foi. Cada retalho contém, além de muito amor, um pouquinho do talento e do protagonismo de um grupo de artesãs da nossa cidade. Juntas, de trecho em trecho, elas fizeram meu sonho real. O sonho de representar esse evento está nesse vestido.

Ecoa também através dessas mangas, inspiradas nos vestidos dos primeiros concursos e na coragem das primeiras mulheres que deram seu nome para representar a nossa Oktoberfest. Se hoje estamos aqui é porque outras antes de nós tiveram coragem. E é com coragem que eu visto esse vestido hoje, como uma armadura para a batalha do sonho da minha vida. Um sonho que não é só meu.

Além do trabalho manual, que tanto vimos nas casas de nossas avós, e da homenagem aos primeiros concursos, também trouxe cores que simbolizam a força em meio à ternura da mulher de origem alemã. Uma mulher firme e dedicada, mas também doce e completamente apaixonada por sua família. Eu sei disso porque eu senti na pele esse amor. Por isso hoje, do céu e simbolizados nesse vestido por estrelinhas, meus pais vivem esse sonho comigo. E de tudo que eles me ensinaram, o amor por essa terra é o que me traz aqui.

  • Luiza Lehmen

Lehmen é um município que fica à oeste na Alemanha. Neste local, as diferentes classes deveriam ser reconhecidas pelo seu vestuário. Trajes que também sofriam influência das regiões, e por esse motivo as 3 cores da bandeira da Alemanha: amarelo, vermelho e preto estampam a descendência da Luiza por toda sua vestimenta. Os trajes típicos que conhecemos, representavam as profissões de cada cidadão.

E através desse contexto, foi criado o traje que representa a história da vida, da profissão e da paixão da Luiza Lehmen. O vestido é feito de suede amarelo, tecido bastante resistente, baseado na origem do clássico traje rural, e macio ao toque para revelar o gracioso contato da Candidata com os animais.

Luiza é médica veterinária e o bordado a mão em várias técnicas, foi realizado para conseguir criar, com delicadeza e elegância, todo o processo de reabilitação que ela faz em um Dachshund que é uma raça canina de origem alemã, mais conhecida como linguicinha, e também a raça destaque mais atendida por ela, mostrada ao redor de toda barra da saia do vestido.

O corpete cheio de brilhantes une todas as patinhas que representam todos os animais já tratados pela Luiza. Essa paixão move sua vida desde muito criança e pulsa em forma de amor. Amor esse que é estilo de vida, representado através dos vários corações espalhados entre adereços e vestido.

As cores que mais se destacam revelam sua essência. O amarelo representa a alegria da vida, a presença iluminada e calorosa de sua personalidade e o bordô a coragem do pulsar do coração dessa mulher que trabalha e vive com amor. Para enaltecer a sutileza de seus cuidados e a origem de sua descendência, fitas com as cores da bandeira da Alemanha: vermelho, amarelo e preto, completam a formação do traje que caracteriza seu espaço na sociedade. 

  • Daniele Muller

Se sonhos se materializassem, como eles seriam diante nossos olhos? Esse traje representa intensamente aquela que o veste. Uma forma linda de manifestar a essência dessa menina/mulher que carrega em seu coração o mais verdadeiro sentimento de amor e orgulho por suas raízes.

Na delicadeza das mangas de tule branco, estão bordados símbolos e palavras que são capazes de definir quem é a Daniele. Família, a mais especial delas por ser a base de tudo, onde encontra o conforto e a segurança para permanecer firme em busca de seus ideais.  A folha de tabaco é uma referência a grande fonte econômica do município, desde a chegada dos imigrantes e se mantém como uma das principais culturas do nosso povo.

Determinação é a palavra que a melhor representa. Se entrega de corpo e alma para seguir em busca de seus sonhos, sem temer os desafios. E assim como na nossa festa, a música também está presente em sua vida. Cresceu ouvindo o seu avô, cantando e tocando músicas em alemão, despertando nela a mesma paixão pela cultura de seus descendentes.

As cores desse traje foram definidas a partir de seus significados, com a intenção de passar uma mensagem. O tecido Off White de linho, transmite elegância e serenidade. Permite que o dourado se ressalte, trazendo ao traje a força da mulher que sonha e que conquista. O dourado também representa a riqueza da nossa terra, que em 1849 recebeu os primeiros colonos de origem germânica. Símbolo da prosperidade e da vitória daqueles que acreditaram que Santa Cruz do Sul tinha potencial para se tornar LAR.

O avental de tonalidade marrom homenageia a agricultura familiar, que é fonte de renda de tantas famílias do nosso município. Uma reverência daquela que cresceu com os pés tocando na mesma terra que fornece o alimento e o sustento de sua família.

  • Carolina dos Santos Pereira

O vestido traz uma história que, somente a Carolina poderia contar, uma história de amor, que rememora o que nos permitiu chegar até aqui. A cor predominante no vestido homenageia os doze imigrantes que, em um veleiro, percorreram as águas azuis do mar para povoar a antiga Picada Velha, preenchendo de significado o dia de hoje.

As fitas utilizadas tradicionalmente nos trajes das camponesas, estão contempladas, como valorização da identidade alemã e representam os caminhos traçados pelos imigrantes para a construção de um lugar que pudessem chamar de lar, construído a partir do tabaco seco, representado pela cor dourada.

O veludo alemão, o corte das mangas e a cor champagne utilizados por diversas cortes de rainhas e princesas das 36 edições da festa. Os babados, a espuma do chopp, fazendo alusão ao trabalho voluntário realizado junto à festa, que me aproximou ainda mais das pessoas que permitem que essa história continue a ser contada. Estes elementos vinculam simplicidade e realeza, pois a festa é para todas as pessoas e demonstram o quão nobre e quão belo é cultuar as tradições, valorizando nosso povo.

Os bordados representam jogos germânicos e o passado histórico, relembrados na festa, como proposta de aproximar as pessoas do interior, berço da colonização, à cidade, na festa de alegria. Uma homenagem aos meus patrocinadores que promovem os jogos e incentivam a atividade física, ligada à minha profissão. Ao centro, a fé, a Mãe, Rainha de Schoenstatt, da qual minha mãe sempre foi devota, que permanece abençoando a nossa cidade.

Oktoberfest é construção de pessoas, que unidas fazem a alegria acontecer e guardo as que me apoiam no meu coração. São quase 40 anos de festa, e, meus, apenas 25 capítulos, mas o amor não é medido pelo tempo, mas sim pela intensidade.

  • Marina Wilges Weber

Representando os campos em que os imigrantes alemães começaram a sua história na nossa região, o verde oliva em veludo, presente no colete do traje, simboliza também a esperança de uma vida melhor, a confiança na nova trajetória de trabalho, de alegria e de união. O verde está no colete por uma razão muito especial, é como se essa cor pousasse nos ombros, cobrisse as costas e tomasse o peito oferecendo proteção e força que foram essenciais para os imigrantes alemães cultivarem nossa terra.

A terra, essencial para o cultivo, não poderia ficar de fora da veste. A saia em terracota representa ela, que foi aliada dos imigrantes no sustento de suas famílias e no dever de ensinar às novas gerações a importância do trabalho. A terra é um grande símbolo da colonização. Ela é um sinal de humanidade para quem precisou sair da própria terra e encontrar acolhimento em outra.

Os 12 botões bordados no colete, não por acaso possuem formas diferentes, representando os 12 primeiros imigrantes que chegaram em 1849 e se instalaram em Linha Santa Cruz (antiga Picada Velha). Os botões estão costurados no colete para representar as raízes que foram fixadas neste chão e que foram prosperando ano após ano.

E essa prosperidade está representada no vestido pelo bordado dourado e cristais no avental e na blusa de tule, fazendo uma leitura das riquezas que foram desenvolvidas pelos imigrantes com muito trabalho. As mãos colonizadoras dos homens e das mulheres trouxeram um brilho único para Santa Cruz do Sul e que está presente na cultura viva até os dias de hoje. O brilho é genuíno e se espalha pela roupa em diferentes pontos para mostrar que, independentemente do ângulo que olharmos, o brilho dos imigrantes estará sempre aqui.

  • Vitória Carolina Diettrich

O surgimento da primeira Oktoberfest vai muito além do Chopp, da música, e da comida. Muito diferente do que conhecemos hoje, porém com o mesmo propósito de celebrar a vida, a felicidade, a paixão e a cultura do povo germânico, a tradicional festa da Alegria teve sua origem com uma grande história de amor.

O casamento da Princesa Teresa da Saxônia e do Rei Ludwing I, em Munique, na Alemanha em 1810 originou a Oktoberfest. O evento teve duração de uma semana e foi aberto a toda população, passando a se repetir tradicionalmente todos os anos e recebendo a cada ano milhões de pessoas.

O traje criado para a candidata Vitória Carolina Diettrich foi inspirado no majestoso casamento e nessa origem, que posteriormente seria inspiração para nossa querida festa da Alegria em Santa Cruz do Sul. As cores escolhidas para a indumentária foram o vermelho, demonstrando toda paixão do rei por sua amada, o off white, cor do vestido de casamento da princesa e também o dourado, que evidencia todo luxo, requinte, riqueza e a fartura da grande celebração.

Os bordados em pedrarias com ramos de flores e folhas foram inspirados no vestido de casamento da Princesa Teresa, assim como as franjas ao longo do barrado, o decote, e as mangas bufantes. Além disso, os tecidos escolhidos foram veludo alemão vermelho, símbolo de nobreza germânica, e zibeline, um tecido acetinado e encorpado semelhante ao tecido do vestido da princesa.

A tradição iniciou com um casamento e uma grande festa e hoje, estamos todos aqui, celebrando o amor pela vida, o retorno das festividades, a felicidade do reencontro e os sorrisos mais sinceros. Este traje traz consigo tudo isso, a bagagem e a alegria do início da história enriquecida pelas gerações futuras.

  • Estefani Aline Wegmann

Minha veste abraça a alma alegre que vive e pulsa dentro de nós. Trago neste vestido predominantemente as cores fúcsia e roxo, pois além de serem as minhas cores prediletas, representam a vitalidade e a alegria da nossa festa.

Cores de grande expressão feminina, também remetem a beleza das flores na primavera, alusivo a estação do ano na qual a Oktoberfest acontece. O busto, estruturado em tecido cetim boucol e com detalhes de fitas e aviamentos encantam pela delicadeza. Encanto este, que tenho pela nossa cidade e o nosso interior. Destaco nesses traços a cor dourada, referenciando o tabaco, uma das riquezas do nosso chão, e pelo azul, homenageio a grande cruz que protege e ilumina nossa cidade.

A saia em suede, é rodeada pela fita dourada costurada em zig-zag, representando o movimento sutil e suave de um casal dançando em harmonia em torno do salão. A dança, característica imponente da cultura e tradição germânica, é uma manifestação de vida, um sinal de alegria e prazer, promovendo a integração de diferentes pessoas com o mesmo propósito, ser feliz.

O xale, tramado em crochê, além de representar uma homenagem ao fabuloso e aguerrido trabalho das mãos que construíram nossa história, é uma referência ao traje característico da região de Hunsrück, localizada no sul da Alemanha, e muito utilizado pelos grupos de danças folclóricas germânicas.  

Em meu colo, carrego um pingente em formato de coração, uma homenagem a aqueles que fortalecem minha base e que diariamente são minha fonte de inspiração. Através do amor me fazem ser alguém melhor, os quais com carinho, chamo de FAMÍLIA.

  • Thaissy Balczarek

O tempo é o Senhor de tudo. Sabendo disso, da importância e da responsabilidade que é ser uma Soberana, o traje da candidata Thaissy faz alusão a esta que é uma das principais características da cultura alemã: a pontualidade.

Ao falarmos em pontualidade, naturalmente lembramos de relógio. E nada poderia representar mais a nossa cultura do que uma bela criação alemã. Assim, uma das inspirações para o traje foram os relógios-cuco, que surgiram na Alemanha, na Floresta Negra, por volta do século XVII. É lá que se encontra o famoso Museu dos Relógios.

Suas cores, marrom e nude, remetem às cores dos tradicionais relógios-cuco e da região onde foram criados. Os tecidos utilizados foram o suede e o veludo cotelê, que muito além de um ar rústico, são clássicos e oriundos da cultura germânica.

A camisa branca, além de representar toda a força da mulher, traz bordado em seus punhos a flor de Edelweiss, que na língua alemã significa “Branco Nobre”. Símbolo de amor e coragem, com seu aspecto delicado, a flor suporta climas extremos, espelhando uma Soberana: linda, delicada e forte ao mesmo tempo.

O vestido é finalizado em detalhes entrelaçados em tons verdes, que simbolizam tanto a Floresta Negra – conhecida como o coração verde da Alemanha -, quanto a integração dos alemães, uma das características de um povo que, acima de tudo, prioriza a boa convivência entre todos.

O modelo segue o tradicional, porém com toques de modernidade: com notória beleza, delicadeza, feminilidade e sofisticação. Traje que transcende passado, presente e futuro, e representa quem somos por várias razões. Afinal, tudo que estamos vivendo aqui, hoje, será apenas história um dia, mas neste momento, estamos aqui, vivos. E, portanto, somos infinitos!

  • Nathalia Gewerh Goettems

Como citou Paulo Coelho: benditos são todos aqueles que tem asas e raízes. Para ser uma soberana da Oktoberfest é necessário muito mais do que beleza, é preciso conhecer as nossas raízes, de onde somos frutos, compreender a grandiosidade da nossa festa, vivenciar experiências e ter a certeza de onde queremos chegar.

Hoje, nossa Oktoberfest é uma das maiores festas germânicas do país e desde 2006 é oficialmente Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul. Uma história de vitória e garra do povo germânico, que tanto lutou por suas ideias, sem esquecer da sua tradição.

O traje criado para a candidata Nathalia possui em sua essência a nossa história. Tem como sua cor principal o verde, inspirado em uma importante fonte econômica do município, a agricultura. Ao longo da saia, temos bordados de folhas de fumo em homenagem a Festa Nacional do Fumo (FENAF)) que teve sua última edição em 1978, a qual, na década seguinte, daria origem a nossa querida festa da Alegria.

A cor rosa, simboliza toda feminilidade e força da mulher santa-cruzense, mulheres de garra e personalidade. Que ganham espaço diariamente no mercado de trabalho e nas diversas funções que exercem. Além disso, a cor aparece nos bordados de lindas flores, lembrando as extremosas que tanto embelezam nossos dias e são um espetáculo a ser apreciado no centro de Santa Cruz do Sul.

Os detalhes na cor dourado tem como inspiração a busca dos munícipes por uma vida afortunada. Simbolizando a riqueza, prosperidade e abundância. Seja alegria, esperança, generosidade, coração, cultura, história, seja amor. Seja raízes e asas, para mostrar ao mundo o seu legado sem esquecer de onde você é fruto.

  • Vandréia Feck Rubert

A mudança é inevitável, a inovação é tudo. É fundamental mudar para crescer. E o povo germânico sabe muito bem disto. Uma vasta cultura ligada às maiores invenções mundiais. Como o primeiro carro do mundo, por exemplo, inventado por Karl Benz em 1885.

O traje criado para a candidata Vandréia tem como inspiração a busca dos alemães por grandes invenções e segundo o relatório mundial, a Alemanha é a atual líder em inovação, e isso se dá, em grande parte devido à velocidade em que está desenvolvendo novas tecnologias, como carros sem motorista.

A indumentária tem como cores principais os tons de azul que simbolizam criatividade, juventude e alegria. A cor azul produz segurança e compreensão. Propicia saúde emocional e simboliza lealdade, confiança e tranquilidade. Já a cor prata é uma cor associada ao prestígio e riqueza. Ele é visto como uma cor sofisticada relacionada com a energia feminina, prosperidade e modernidade.

O povo alemão se preocupa com o futuro e investe nas próximas gerações. O traje tem bordados bytes ao longo do corpete e mangas, que nada mais são do que o símbolo da tecnologia atual. Além disso, temos na parte frontal da saia, um desenho estilizado de meia lâmpada e um byte, que significam as grandes ideias e invenções já criadas pelo povo germânico.

Os tecidos e o modelo são detalhes que não podem ser esquecidos. Afinal, unem a tradição do veludo e do zibeline (tecidos muito utilizados pela nobreza germânica antigamente) assim como o peplum na cintura e os babados. Ao restante do traje, com ombreiras, botões e cinto, dando um toque mais moderno e sofisticado.

A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro. Afinal, o futuro pertence àqueles que acreditam em seus sonhos.

  • Ana Paula Zitzke

Como falar em Oktoberfest e não falar sobre as nossas raízes? Para esta noite a candidata Ana Paula Zitzke apresenta uma indumentária que transborda a nossa cultura através das gerações de sua família, e representa a colonização alemã em Santa Cruz do Sul.

As cores escolhidas foram preto, caramelo, dourado e branco. A cor preta demonstra toda luta e força do povo germânico em um período de guerra e incertezas, a cor caramelo, o anseio por uma nova terra, um novo lar, um novo começo. O dourado é inspirado na busca dos imigrantes alemães por uma vida afortunada e farta.  O branco simboliza a procura pela paz.

O modelo é inspirado nos trajes de época e os tecidos escolhidos são de texturas diferenciadas. Em que o musseline remete a leveza e o desejo de uma vida tranquila e o veludo demonstra a tradição germânica em seu ápice.

Em seu avental, temos bordada em cristais e pedrarias a história de sua família, na qual sua bisavó que também se chamava Ana, nasceu dentro de um navio, em meados de 1900 vindo com suas tataravós diretamente da Alemanha, fugindo da primeira Guerra Mundial. O casal instalou-se juntamente com seu bebê em Santa Cruz do Sul.

Em seu corpete os bordados com ramos de trigo, fumo, flores, e folhas, demonstra o quanto a agricultura foi fundamental para que tanto sua família quanto os demais imigrantes alemães conseguissem prosperar e transformar nosso município na potência que é hoje. 

Cultivar a nossa história e manter vivas as tradições, o traje de Ana Paula une o passado e o presente, faz com que possamos olhar para o futuro de forma a ser exemplo. E com carinho aos nossos antepassados que tanto fizeram para sermos o que somos hoje. Sejamos família, alegria, generosidade, amor. Sejamos inspiração para as novas gerações.

 


Foto: Bruna Oliveira/Portal Arauto
Cada detalhe foi pensado com carinho e possui uma série de significados
Cada detalhe foi pensado com carinho e possui uma série de significados