Na Semana Mundial da Imunização, os Rotary Clubs, Rotaract e Interact Clubs estão alertando aos pais e responsáveis para a imunização contra a poliomielite, que causa a paralisia infantil. Neste sábado (30) ocorre o Dia D da Vacinação contra gripe e sarampo nos postos de saúde, uma forma de colocar a caderneta e a saúde em dia. A campanha também alerta a vacinação contra a poliomielite neste dia.
A associada do Rotary Club Santa Cruz do Sul e Coordenadora distrital do Programa Pólio Plus, Claudete Sulzbacher, acompanhada do representante do Rotary Cidade Alta, Norberto Hass, explicou que a ação iniciou no dia 24 de abril e segue até este sábado, com o apoio dos rotary clubes de todo o Mundo. “A campanha visa entrar em contato com a comunidade, especialmente com os pais e responsáveis de crianças com até cinco anos incompletos, para que eles vacinem suas crianças contra a pólio, pois percebemos um decréscimo no índice vacinal no Brasil, inclusive em nossa cidade e na região”. Ela ainda alertou que não existe cura para a doença, mas sim a prevenção com a vacina. “A pólio atinge principalmente o sistema da musculatura, principalmente das pernas”, destacou.
Em Santa Cruz, Claudete pontuou que 74,2% das crianças receberam a imunização e a meta é chegar a 95%. “Nossa meta é erradicar a pólio no Mundo todo. Por isso colocamos um carro de som nesta sexta e sábado para alertarmos a comunidade que não vacinou as crianças ainda a procurar um posto de saúde. A vacina é gratuita e pode ser feita em qualquer dia do ano”, sublinhou.
A coordenadora destaca a importância desse momento. "Muitas pessoas não sabem que a paralisia infantil ainda existe em outros países, e não se preocupam por achar seja coisa do passado, daí a importância de divulgarmos essas ações. A vacina é gratuita e é um direito das crianças até os cinco anos de idade. Então é momento de aproveitar que é gratuito e momento de colocar a saúde em dia", enfatizou.
Saiba mais:
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
Transmissão:
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.
Sintomas:
Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.
Tratamento:
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.
Sequelas:
As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura. As principais são:
– problemas e dores nas articulações;
– pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
– crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
– osteoporose;
– paralisia de uma das pernas;
– paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
– dificuldade de falar;
– atrofia muscular;
– hipersensibilidade ao toque.
As sequelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.
Prevenção:
A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
(Informações de acordo com o Ministério da Saúde)
