compartilhe >>

Mutirão de limpeza em Monte Alverne atua para prevenir a dengue


Fonte: Assessoria de Imprensa
Publicado 11/01/2022 17:04
Atualizado 11/01/2022 17:07

Geral   NO INTERIOR

Apesar de todas as campanhas de combate ao Aedes aegypti, realizadas anualmente, do trabalho diuturno de orientação feito pelos agentes de saúde e dos mais de cinco mil casos de dengue registrados em Santa Cruz do Sul no ano passado, ainda há muito a ser feito no que tange à conscientização da comunidade. Nesta terça-feira (11) um mutirão de limpeza, organizado pela subprefeitura e ESF Pedro Eggler, em parceria com Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), percorreu cerca de 600 residências no distrito de Monte Alverne e encontrar garrafas pet reviradas nos pátios, pratinhos de plantas cheios de água e bromélias servindo de possíveis criadouros não foi uma tarefa nada difícil para as equipes envolvidas.

As visitas, que se concentraram na área urbana do distrito, começaram logo no início da manhã e se estenderam por toda a tarde. Concomitante ao trabalho de orientação e eliminação de criadouros, um caminhão da subprefeitura ia passando pelas ruas e recolhendo os materiais que os moradores depositaram em frente às residências, conforme o aviso dado dias atrás. Uma grande quantidade de pneus foi recolhida e só não foram levados vidros, pilhas, eletrônicos e materiais de construção. Devido ao volume, mais recolhimentos foram agendados para esta quarta-feira. 

Caminhando sob o sol forte, já quase perto do meio-dia, a agente de combate a endemias Daniela Silveira Lopes já contabilizada 29 visitas somente na parte da manhã. Um dos últimos locais percorridos por ela foi o Colégio Estadual Monte Alverne. Ao entrar no pátio do educandário, na companhia da vice-diretora Marta Elis Bergmann Kurtz, Daniela fez uma vistoria geral, forneceu orientações detalhadas e recolheu amostras que serão encaminhadas para análise laboratorial. 

Durante a visita, a agente orientou para a retirada das garrafas pet, antes utilizadas em uma horta agora desativada e que poderiam acumular água da chuva, também sugeriu a retirada das bromélias e chamou a atenção para a quebra das folhas secas de um coqueiro, que estavam caídas no pátio e que, devido ao formato de canoa, poderiam vir a se transformar em um possível criadouro. Atenta às orientações, a vice-diretora reconheceu a importância do trabalho de prevenção à dengue nas escolas. “Com esse calor forte é bem pior, os riscos aumentam e por isso esse trabalho das agentes é muito importante. São muitos detalhes que  no dia a dia a gente nem percebe, não se dá conta”, disse ela.

A cada 15 dias a agente Daniela monitora em Monte Alverne os chamados pontos estratégicos, que são locais propícios para a proliferação de focos do Aedes aegypti e que requerem monitoramento constante, como sucatas, borracharias e cemitérios. Por outro lado Daniela chama a atenção para a mudança nos hábitos do mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika vírus e febre chikungunya. “Hoje encontramos larvas até mesmo em esgoto, não é mais só em água limpa. Nem sempre dá positivo para aedes, mas dá para outro mosquito, então  acaba sendo um foco de doença. Se todos cuidassem isso não aconteceria”, alertou.


Foto: Isabel Corralo / Divulgação
Mutirão de limpeza em Monte Alverne atua para prevenir a dengue
Mutirão de limpeza em Monte Alverne atua para prevenir a dengue