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Vera Cruz estuda implementar novo sistema de cobrança de água


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 11/01/2022 06:48
Atualizado 11/01/2022 06:48

Geral   DE OLHO NA ECONOMIA

O serviço de substituição de hidrômetros em Vera Cruz, já realizado conforme a demanda pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), está sendo intensificado em 2022. A atualização do parque de hidrômetros, conforme o prefeito Gilson Becker, visa mudanças na forma de cobrança da conta de água dos vera-cruzenses, indo ao encontro do incentivo à economia de água - especialmente em função do crescimento da cidade e, dessa forma, do consumo deste bem, além da baixa incidência de chuva nos últimos anos. 

Conforme o coordenador do Semae, Ivan Rodrigues,  a partir de cinco anos o hidrômetro começa a perder eficiência, conforme estudos técnicos, colaborando para as perdas de água na medição, não sendo contabilizado  o consumo - problema que aumenta ao longo da vida do equipamento. “Quanto mais velho, menos precisão na medição, podendo registrar consumo menor de água do realmente disponibilizado e consumido pelo imóvel. Desta forma, estamos realizando a substituição dos hidrômetros mais antigos e com suspeita de submedição. O problema pode ser percebido quando os hidrômetros apresentam falhas na funcionalidade, com dificuldades de leitura, ou mesmo quando observado o histórico de consumo do usuário, quando passa a ter consumo baixo. Isso pode ser sinal de que não é o quantitativo real de consumo”, esclarece ele. Segundo Rodrigues, há 10 mil hidrômetros instalados no município e cerca de 50% precisam ser trocados.

Atualmente, os clientes pagam mensalmente na cidade, pela conta de água, R$ 64,16, levando em conta a tarifa mínima de R$ 49,35, para consumo de até 15 metros cúbicos, acrescida de R$ 14,81 referente à tarifa de esgoto. Em novo sistema, que se pretende implantar em um futuro próximo - ainda sem data definida -, a cobrança será realizada por metro cúbico, ou seja, de acordo com o consumo praticado por cada cliente - com pagamento de tarifa básica e metro cúbico consumido. “É uma forma de incentivar a economia de água e de ter uma cobrança mais justa, conforme o consumo de cada cliente, que pode variar bastante. A ideia é implementar mais adiante a cobrança por intermédio de lei, o que vai ser muito bem trabalhado, a partir de estudo técnico e da questão financeira”, observa o gestor municipal.

Maior consumo de água no verão preocupa

O coordenador do Semae, Ivan Rodrigues, afirma que o consumo médio de água mensal pelos clientes chega a uma média de 11 metros cúbicos. Se por um lado, no período úmido (inverno) esse consumo gira em torno de 9 metros cúbicos, no período seco (verão) aumenta para 13 metros cúbicos. “Este dado corresponde ao consumo medido, mas se forem consideradas as perdas de medição, a razão de consumo é até maior que 15 metros cúbicos. Neste sentido, pedimos que, principalmente neste período crítico por conta da estiagem, a população faça sua parte e adote hábitos de consumo de água mais conscientes”, enfatiza. 

Entre as alternativas, pode-se evitar a lavagem de calçadas e de carros, bem como molhar as plantas e a grama no jardim, apostando em sistemas de armazenamento para uso deste volume de água nas atividades citadas. Outra dica é o reaproveitamento da água da máquina de lavar, sendo esse o eletrodoméstico que mais gasta água nas residências, conforme Ivan.


Foto: Jornal Arauto / Taliana Hickmann
Atualmente a tarifa mínima é de R$ 49,35 acrescida da tarifa de esgoto, de R$ 14,81
Atualmente a tarifa mínima é de R$ 49,35 acrescida da tarifa de esgoto, de R$ 14,81