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Doceira busca justiça após sofrer fraturas ao ser atingida por carro no Bairro Avenida


Publicado 17/08/2021 10:38
Atualizado 17/08/2021 11:43

Polícia   INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil investiga um acidente entre uma motocicleta e um carro na noite da quarta-feira (11) no Bairro Avenida em Santa Cruz do Sul. Na colisão lateral, ficou ferida a doceira Suelyn Priscila dos Santos Vargas, que voltava para sua residência no Bairro Santo Inácio, após ter ido fazer orçamento de doces para um cliente. O caso aconteceu na Rua Coronel Oscar Jost, no sentido bairro - centro, nas proximidades do cruzamento com a Rua Conselheiro Serafim Waechter. Ela sofreu fraturas na perna e no rosto.

Segundo Suelyn, que procurou o Portal Arauto e relatou a situação na tarde dessa segunda-feira (16), o condutor do carro envolvido no acidente não permaneceu no local e, agora, ela busca junto à polícia identificar o motorista. O caso está com a Delegacia de Políca de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul. Imagens de estabelecimentos próximos ao local da colisão foram capturadas e serão analisadas na investigação. "Eu estou em casa, me recuperando das fraturas e da cirurgia. Quero lutar pelos meus direitos. Isso não pode ficar assim. Ele não pensou na minha vida", destacou. 

Conforme o delegado Paulo César Schirrmann, que responde interinamente pela DPPA, o motorista envolvido no acidente não se apresentou e ainda não foi identificado. "Ainda não há novidades. Recebemos as imagens e estamos trabalhando nisso. Por enquanto, a identidade permanece oculta", comenta. 

Dificuldades após o acidente

Mãe de Lorenzo de 8 anos e de Bernardo de 5 anos, Suelyn dependia do trabalho para o sustento da casa. Na pandemia e devido a problemas de saúde de um dos filhos, fechou a loja de doces que possuía e passou a trabalhar de casa. A motocicleta, destruída no acidente, era o meio de transporte para a entrega dos produtos aos clientes. Agora, além de não conseguir trabalhar, ela depende da ajuda de outras pessoas para cuidar dos filhos, comprar os medicamentos, cuidar da casa e se locomover para os tratamentos.

A profissional de 30 anos também precisará de fisioterapia. "Não sei quanto tempo ficarei afastada, mas será um longo período. Tenho nove parafusos e quatro platinas na perna. Estou sem poder me locomover, dependo de ajuda para cuidar dos meus filhos. Estou sem renda nenhuma. Meu filho toma remédios controlados. Ele faz consulta com psicólogo e não posso mais levar. Eu mantinha a casa somente com o sustento dos doces. Tudo isso me prejudicou. Simplesmente, minha vida parou. Meu mundo parou e não tenho mais como fazer nada", lamenta. 


Foto: Arquivo Pessoal
Motociclista teve diversas fraturas no acidente
Motociclista teve diversas fraturas no acidente