Autoridades sindicais e vereadores de Santa Cruz do Sul se reuniram em audiência pública na tarde desta segunda-feira (19) para debater a proposta de emenda à Constituição Estadual, que elimina a obrigatoriedade de plebiscito para uma possível venda do Banrisul, Corsan e Procergs.
Requerido por Alberto Heck (PT) e Bruno Faller (PDT), o encontro no plenário do Legislativo teve a presença do coordenador do Sindicato dos Bancários de Santa Cruz e região, João Carlos Heissler; a coordenadora administrativa do Sindicato dos Bancários, Marilus carvalho; o presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wunsch; o secretário de Saneamento Ambiental e Serviços Ambientais, Clewerton Vinícius Giordani; o delegado do Sindiágua de Santa Cruz do Sul, Astor Hochscheidt; e o engenheiro da Corsan, José Omero Finamor Pinto.
Nos pronunciamentos, todos se posicionaram contrários à PEC e à privatização, principalmente em relação à questão de manter a água pública. Além disso, destacaram que o trabalho e as ações das Câmaras de Vereadores e Prefeituras Municipais do Estado podem conseguir barrar o andamento do projeto.
Veja o que disseram as autoridades sobre a PEC e a privatização:
Alberto Heck (PT): "Representa claramente uma afronta ao exercício da democracia".
Bruno César Faller (PDT): "Quem concede a água é o município. Como se propõe vender uma coisa que não é do Estado? Não vemos qualquer razão em privatizar a companhia".
João Carlos Heissler: "Para nós, privatizar significa comprometer o cronograma do campo e da cidade pensando apenas no lucro".
Arilson Wunsch: "É um crime contra a saúde de todos os gaúchos".
José Omero Finamor Pinto: "O Governo do Estado está precisando de dinheiro em caixa para fechar a gestão e, por isso, quer vender uma empresa".
Francisco Carlos Smidt (PSDB): "Parece que o Estado está vendendo algo que não é seu. E o produto não é do Estado e sim dos municipios. Então qual participação que os municípios têm na decisão?".
Cléber Pereira (DEM): "A água é um bem de todos, deve ser pública e não pode ter dono".
Henrique Hermany (PP): "Acreditamos que, nesse assunto, o governador está equivocado, porque a água precisa sim ser pública. A privatização não é garantia de serviço melhor para a comunidade".