A crise hídrica enfrentada pelo Brasil neste ano já permite estimar uma alta de pelo menos 5% nas contas de luz em 2022, conforme o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. Além disso, nas próximas semanas deve ocorrer um aumento de mais de 20% na bandeira tarifária mais alta.
A decisão sobre a atualização no valor das bandeiras tarifárias deve ser tomada até o fim de junho. A proposta da agência é de redução no valor da bandeira tarifária amarela, que passaria R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos para R$ 0,996. Já a bandeira vermelha 1 subiria de R$ 4,169 a cada 100 kWh para R$ 4,599 para cada 100 kWh consumidos e a bandeira vermelha 2 aumentaria de R$ 6,243 para R$ 7,571 para cada 100 kWh consumidos.
Esse será o primeiro aumento nos valores das bandeiras desde 2019. Em 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), os valores foram mantidos e a bandeira verde foi acionada de junho a novembro. O país vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, com os reservatórios das bacias das principais usinas hidrelétricas em níveis muito baixos. Por isso, houve a necessidade de acionamento de mais usinas termelétricas. O acionamento das bandeiras tarifárias reflete o aumento no custo da geração de energia no país.
