Um problema que atinge cerca de 40% da população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o bruxismo é ocasionado pela ansiedade e estresse. A doença se caracteriza por uma desordem funcional pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono ou ao longo do dia involuntariamente. Dessa forma, num período em que a pandemia tem afetado diretamente a parte emocional e mental da sociedade, os cuidados com o bruxismo devem ser ainda mais acentuados. A especialista em odontologia Gisela Giongo é a convidada dessa semana do Arauto Saúde e revela os detalhes de como o bruxismo afeta as pessoas.
Segundo a especialista, a doença é uma hiperfunção da musculatura de mastigação que envolve dois músculos. Um deles é o temporal, localizado na parte lateral superior da cabeça, e o outro é o masseter, que está localizado na lateral da mandíbula. Dessa forma, o bruxismo acontece geralmente quando a pessoa está estressada ou ansiosa, fazendo com que ela acabe apertando os dentes ou então os rangendo, ocasionando uma disfunção na articulação temporomandibular (ATM). “Essa articulação é muito importante, pois ela coordena o abrir e fechar da boca para falar, mastigar, assoviar, entre outras funções. Então, essa articulação é muito importante, pois se ela estiver em disfunção, podem aparecem problemas como dores de cabeça, mal-estar e zumbido no ouvido”, destaca Gisela.
Na pandemia, a odontologista afirma estar recebendo muitos pacientes que apresentam bruxismo e revelam estarem estressados ou com ansiedade. Entre os principais sintomas que podem levar uma pessoa a suspeitar da doença se destacam: dor na musculatura, dor de garganta, incômodo na base da mandíbula, zumbido no ouvido, dor na frente da região do ouvido, além de as vezes ocorrerem ainda dores cervicais no pescoço, o deixando mais rígido.
Conforme Gisela, ainda é possível identificar nos dentes alguns sinais de que a pessoa está com problema de bruxismo. “Os dentes nos apresentam sinais. Ao examinar a boca de alguém que aperta os dentes, a gente percebe a gengiva inflamada, fraturas dentárias como por exemplo de restauração. Ainda, é possível que ocorram danos na musculatura ou articulação”, conclui a especialista em odontologia.
