Em mutirão contra a dengue realizado no sábado (10), agentes comunitários de saúde, servidores da Prefeitura de Santa Cruz e soldados do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) percorreram 2.710 imóveis dos bairros Pedreira, Arroio Grande, Ana Nery e Senai, sendo que em todos os bairros problemas foram registrados. Desse número, 2.011 casas foram efetivamente visitadas, enquanto outras 699 - que estavam fechadas - receberão as visitas nos próximos dias.
A ação ocorreu após os crescentes casos de dengue no município, além da primeira morte pela doença na história de Santa Cruz. Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária, Tainã Bartel, das visitas feitas, foi necessário o acesso forçado em 24 locais, sendo que em 15 imóveis os moradores não deixaram os agentes entrarem, enquanto nos demais o acesso foi forçado em virtude de se tratar de casas abandonadas. "Geralmente não deixam entrar, porque as pessoas sabem que têm alguma coisa errada em casa ou alguma situação que pode gerar algum desconforto", complementa.
O mutirão ainda resultou na identificação de 6.387 depósitos, ou seja, locais que apresentaram possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Em relação aos depósitos, 29% foram eliminados, enquanto nos demais foi preciso o uso de larvicidas.
Falta de conscientização
Ao todo, foram notificados 138 terrenos por apresentarem acúmulo de lixo ou grama alta. Durante o mutirão foram retiradas 208 toneladas de lixo que incluiu garrafas pets, potes, entulhos e outros materiais, resultando em 32 caminhões carregados desses materiais.
De acordo com Bartel, os números referentes ao mutirão são alarmantes e refletem, ainda, na falta de conscientização das pessoas, principalmente em relação à quantidade de lixo identificada nos espaços. Diante disso, ele reforça a importância de todos fazerem a sua parte a fim de evitar a propagação do mosquito.
