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"Para uma melhora de bandeira, precisamos reduzir o número de casos, de óbitos e internações", diz Mariluci Reis


Publicado 18/03/2021 07:00
Atualizado 18/03/2021 08:04

Geral   PANDEMIA

Desde o dia 25 de fevereiro, todo o Rio Grande do Sul está na bandeira preta do Distanciamento Controlado do Governo do Estado. A classificação de nível gravíssimo para a pandemia da Covid-19 ocorre em meio ao aumento no número de casos, óbitos e superlotação em hospitais e falta de leitos de UTIs. Por isso, a perspectiva de melhora de bandeira - com a mudança para um nível menos restritivo - depende justamente da inversão desses dados.

É o que acredita a responsável pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis. "Precisamos diminuir o número de novos casos, reduzir as internações e o número de óbitos. Na situação atual, é difícil ter uma perspectiva de melhora. Pelos dados repassados ao governador, vamos entrar abril com bandeira preta, mas com o retorno do sistema de cogestão", destaca. 

Porém, segundo ela, mesmo com a possibilidade de cogestão a partir da próxima semana, a região de Santa Cruz do Sul precisa apresentar dados positivos que possibilitem o cumprimento de regras de uma bandeira anterior, no caso a vermelha. Conforme a coordenadora, neste atual momento, a região estaria com regras de bandeira preta mesmo com a cogestão. 

Impacto da vacinação

A 13ª Coordenadoria de Saúde comemora a cada novo lote de vacina recebido para a região. Afinal, a esperança para o controle da pandemia está nas imunizações dos moradores de cada município. Porém, Mariluci Reis comenta que ainda é cedo para ver o impacto da vacinação nos números da doença. "Não conseguimos avaliar sobre o quanto a vacinação contribuiu porque as pessoas que estão sendo contaminadas são de outra faixa etária. Não sabemos se foi porque os idosos estão vacinados ou porque a Cepa - linhagem do vírus - é mais contagiante numa faixa menor do que a dos idosos, que vai de 30 a 60 anos", explica.

Atualmente, a região Covid Santa Cruz do Sul tem 107.3% de ocupação SUS nos nove hospitais da região. Se for analisado somente o município de Santa Cruz do Sul, a taxa de ocupação SUS é ainda maior - em 112.5% - e a taxa de ocupação de leitos privados é de 300%, contabilizando as três casas de saúde do município. 


Foto: Arquivo/Portal Arauto
"Para uma melhora de bandeira, precisamos reduzir o número de casos, de óbitos e internações", diz Mariluci Reis