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Nascimentos de bebês trazem esperança em meio à pandemia


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 01/01/2021 09:00

Geral   NASCIDOS NA QUARENTENA

Já se perguntou que em meio ao caos de 2020, também houve esperança? Enquanto muito se teme a morte pelo coronavírus, bebês nascidos em um dos períodos mais atípicos já enfrentados trazem novos sentimentos, principalmente os de esperança, mas também de mudança e adaptação. 

Conforme dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), só em agosto, um dos meses com maior pico no número de casos da doença, um total de 177 crianças nasceram em Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Vera Cruz. Quase 15 nascimentos a mais do que no mesmo mês em 2019.

Para as mamães, seja de primeira viagem ou não, a gestação veio coberta de incertezas. Mas foi dar à luz, que o significado de esperança sobrelevou. Assim foi para a publicitária Michele Sehnem, que neste mês deu à luz ao seu segundo filho, a Meline. Ela também é mãe do pequeno Mathias. Para Michele, o sentimento de renovação da esperança veio aliado ao nascimento.

Ao contrário da pandemia, que pregou uma surpresa na população, Meline foi muito bem planejada por Michele e Samoel Kist. Não foi um acaso da quarentena. “Sempre planejamos um segundo filho quando o Mathias completasse dois anos. Em abril, quando isso aconteceu, a pandemia estava no início, mas não desistimos do plano. É claro que naquele momento ninguém imaginava que estaríamos até hoje vivendo isso, acho que todo mundo tinha a impressão de que em alguns meses tudo voltaria ao normal. Então, eu também pensei que quando a Meline nascesse não estaríamos vivenciando tantos casos da doença na região como agora”, ressalta Michele. 

A publicitária precisou transformar a sua rotina para aguardar a chegada da filhota com todo cuidado possível. As reuniões com os clientes da agência passaram a ser online. O trabalho precisou ser home office. Michele conta nos dedos as vezes que foi ao escritório de comunicação e marketing. “Somente quando necessário”, diz. 

Conciliar o trabalho em casa com o filho pequeno sem escolinha mais a gestação não foi uma brincadeira. Mas ela tirou de letra e avalia que se saiu bem. Apesar das circunstâncias terem sido impostas pelo período de isolamento e alguns momentos muito difíceis, Michele e a família tem no nascimento da filha o motivo para tornar o ano mais ameno. “Ela foi uma sementinha de esperança para deixar 2020 um pouco mais leve”, enfatiza. 

Meline podia ter nascido só no início de 2021, embora a mãe intuísse a chegada ainda neste ano. “Acho que ela e muitos outros bebês nasceram para iluminar um pouco este ano difícil, fazer a gente acreditar que as esperanças sempre podem ser renovadas”, acredita a mãe, feliz. 

 


Foto: Arquivo Pessoal
Neste ano, Meline participou do seu primeiro Natal
Neste ano, Meline participou do seu primeiro Natal