compartilhe >>

Conexão que vem de berço: elas geram a esperança


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 26/12/2020 20:00

Geral   RENOVAÇÃO

Nada pode representar melhor o sentimento de esperança em um novo ano, um novo mundo, do que uma nova vida que chega. E apesar de 2020 ter sido tão torto para todos, também tem sido um ano de fertilidade. E novas vidas merecem ser celebradas, porque representam o futuro. Entre tantas “mamães da pandemia”, duas irmãs gêmeas compartilham a alegria da espera de Antônia e Augusto. Jhúlia e Jhuliara Oliveira têm 25 anos e, desde que nasceram, como muitos gêmeos, vivem e dividem tudo, das emoções às inseguranças da vida. Não é diferente agora.

Assim como as irmãs Yasmin e Emanuella, as gêmeas de João Carlos, o Bolacha, e Marcia Silveira de Oliveira foram criadas em um ambiente de muito carinho e amor.  “Nossa infância foi a melhor possível, aproveitamos cada segundo, literalmente, e fazíamos tudo juntas, lado a lado. Não nos desgrudávamos em nenhum instante, as artes são sempre lembradas, porque ambas se ajudavam na execução”, divertem-se elas, em meio às lembranças das peraltices.

Pois o vínculo do nascimento foi alimentado em cada fase da vida. “Nossa conexão sempre foi assim, da infância até agora, pensamos juntas e fizemos juntas. É um elo inexplicável, porque sentimos tudo exatamente igual, uma depende da outra em qualquer situação”, resumem. No 2020 não foi diferente.

As gestações não foram programadas e muito menos combinadas. Porém, os planos de Jhuliara eram, após se mudar para a casa nova, aumentar a família com seu companheiro de uma década, Luis Henrique Assis. Em pouco tempo na nova moradia, a desconfiança que o sonho se tornara realidade veio quando a vovó disse: “vai fazer o teste de gravidez, Jhuliara, você está com todos os sintomas”. Era realidade. A chegada da Antônia, prevista para 20 de fevereiro, veio colorir a vida do casal. Como tudo em suas vidas foi dividido ou compartilhado, o dom de ser mãe não seria diferente. A mana Jhúlia, em alguns dias começou a ter sintomas iguais, indícios de uma gravidez.

No entanto, nem apostava estar grávida quando a mãe pronunciou as mesmas palavras: “vai fazer um teste, pois tu sabe que tudo que acontece com uma, acontece com a outra”, recorda Jhulia. Dito e feito, lá estava a comprovação em mais um exame: reagente. Alegria para Jhúlia e o namorado Eduardo Carvalho, que curtem cada momento da espera de Augusto, que deve nascer por volta de 7 de maio. “Nossa felicidade é imensa, pois Deus nos deu esta bênção e nos surpreendeu com esta dádiva de sermos mães e podermos compartilhar este momento tão importante”, enaltecem as gêmeas, que acabaram surpreendendo os amigos e familiares com mais uma conexão que se formou: a gestação em dose dupla.

É claro que neste ano doido, a notícia da gravidez veio acompanhada do medo. Afinal, o que a pandemia reserva? Muita coisa é desconhecida para as gestantes, mas entre dúvidas e certezas, o que elas fazem é primar pelo cuidado redobrado agora e que vai se manter depois do nascimento. O zelo começou quando aquele exame apontou a palavrinha mágica, reagente.

O que predomina, no entanto, é o sentimento da renovação e felicidade absoluta das famílias. As mamães cresceram juntas e agora os primos também irão. “Uma vai ser um pouco a mãe do filho da outra”, imaginam. Afinal, a experiência da maternidade promete uni-las ainda mais, cada uma terá o apoio da outra, e cada momento será compartilhado, as noites mal dormidas, as massagens para cólicas, as mais lindas experiências de suas vidas, “os momentos felizes que virão para nos marcar para sempre”, dizem Jhúlia e Jhuliara.

Gratas por viverem este momento e um Natal ainda mais especial, as irmãs fazem planos. Mais um sinal de esperança no futuro que bate à porta. “Pretendemos ser as melhores mães para nossos filhos, dando atenção, amor, educação e muito carinho. Queremos ser exemplo para a Antônia e o Augusto, assim como a nossa mãe foi e é para nós. Um filho pra gente é uma bênção de Deus, é a confirmação do amor entre os relacionamentos dos casais, também a continuidade da família. O sentimento, para nós quatro, é de amor incondicional”, refletem elas, que geram vida. E nada mais importante para celebrar neste Natal e esperar com mais otimismo o novo ano que chega.


Foto: Carolina Almeida/ Jornal Arauto
Irmãs gêmeas compartilham a alegria da espera de Antônia e Augusto
Irmãs gêmeas compartilham a alegria da espera de Antônia e Augusto

Foto: Carolina Almeida/ Jornal Arauto
Conexão que vem de berço: elas geram a esperança