O Natal da família da vale-solense Denir Henrique e de João Kist definitivamente será diferente, assim como para tantas pessoas que estarão longe de seus pares por conta da distância ou, principalmente, por causa da pandemia do coronavírus. No caso de Denir, o fim de ano será de saudade. “Natal sempre é muito bom, a família toda reunida, mas este ano vai ser tudo muito diferente, perdi a mãe em julho, foi muito rápido, ninguém esperava”, reflete ela, que acredita também que não vai poder celebrar com a irmã que mora no Rio de Janeiro, e pela primeira vez estará longe da filha, Júlia, que vive nos Estados Unidos e, por conta da pandemia, não conseguirá vir para o Natal em Vale do Sol.
A última vez que a filha voltou foi em dezembro de 2019. Hoje, Júlia vive e trabalha em Chicago. “Nunca ficamos longe no Natal, ela está nos EUA desde julho de 2015, sempre vinha duas vezes por ano para casa, sempre era uma expectativa para todos nós”, destaca a mãe. Vai ser diferente, mas não vai passar em branco, já que o filho mais velho de Denir e João mora perto e a irmã dela, que vive em Porto Alegre, assim como o sobrinho, estarão presentes.
Família reduzida não significa que a família não estará unida, mesmo que separada por quilômetros de distância. Se aquele forte abraço e o encontro em volta da mesa ficou impossível neste ano, Denir vai usar a tecnologia a seu favor, e em uma simples chamada de vídeo vai poder se sentir próxima de Júlia. E apesar das dificuldades impostas pela distância e pelas perdas lamentadas no ano, o Natal de 2020 será marcado pelas reflexões e pela ressignificação de valores. “Com certeza tem novo significado, temos que dar mais valor às pessoas que amamos, tirar mais tempo para a família e os amigos, às vezes é tudo tão corrido que esquecemos de dar atenção”, resume ela, sabendo que este ano há muito a ensinar.
