Neste ano, além dos reflexos da pandemia do coronavírus, os produtores de leite vêm sofrendo com outro cenário: a estiagem. Os impactos causados pela seca estão preocupando os produtores e podem prejudicar o potencial de produção em Vale do Sol. As consequências são tão emergentes que foi tema do encontro entre os integrantes do Grupo de Leite do município vale-solense, realizado na quarta-feira, dia 11. A reunião foi organizada pelo escritório da Emater da cidade.
É o primeiro desde o início da pandemia, em março, quando atividades e ações presenciais foram suspensas. Para um ano atípico, a ocasião exigiu novos hábitos: uso de máscara e distanciamento social. O encontro seguiu as normas determinadas pelo decreto municipal, que autoriza a realização de atividades presenciais com no máximo 30 participantes.
Os produtores se reuniram na propriedade do casal Avelino e Nadir Kappaun, na Linha Três Cunhados, interior do município. Na oportunidade, foram discutidas estratégias de enfrentamento ao novo período de seca previsto para o fim do ano e início de 2021, manejo de pastagem, alternativas com o animal, como a antecipação de descartes e sobre melhorias no fornecimento de água ao rebanho.
Conforme o extensionista rural André Macke Franck, a atividade visa auxiliar os produtores para que eles enfrentem o período de chuvas escassas sem grandes prejuízos. “Os preparativos para a seca são eficientes quando nos organizamos com maior antecedência”, salienta.
O extensionista explica que os produtores tiveram muitos prejuízos em decorrência do fenômeno La Niña, no início do ano, e previsto novamente. “Com açudes e fontes de água baixando rapidamente, deixará como consequência dificuldades aos produtores. Apesar de ser o primeiro encontro presencial, já estamos desde a metade do ano orientando os produtores”, ressalta Franck.