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"A família precisa se tornar parceira da escola", diz coordenador da 6ª CRE


Publicado 01/09/2020 09:23
Atualizado 01/09/2020 09:37

Geral   EM TEMPO DE PANDEMIA

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, as aulas presenciais nas escolas e outras instituições de educação foram suspensas e foi preciso uma adaptação para o modelo remoto de ensino. Com os alunos em casa, o monitoramento e acompanhamento dos filhos para a realização das atividades estabalecidas tornaram-se cada vez mais necessários. "Neste momento em que se vive um outro cenário da educação, mais do que nunca a família passou a ter uma função muito importante e precisa se tornar parceira da escola no processo de aprendizagem para que exista uma parceria pedagógica" - é o que afirma o coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação, Luiz Ricardo Pinho de Moura.

Segundo o coordenador, os pais ou responsáveis pelas crianças sempre foram considerados membros essenciais da comunidade escolar no processo de educação e agora durante a pandemia o esforço e acompanhamento deles têm sido primordial.  

DESAFIOS

Mesmo com o apoio da família, o coordenador destaca que os desafios de ensinar em tempo de pandemia têm sido grandes. Em março e abril, as escolas encaminharam um significativo número de atividades após as aulas não serem mais presenciais. No entanto, em um cenário de cerca de 30 mil alunos, quase 900 estudantes de 96 escolas deixaram de entregar essas atividades. A partir disso, a 6ª CRE buscou formas de contemplar todos os alunos de maneira que ninguém fosse prejudicado.

Pelo fato das atividades serem remotas, o coordenador reforça a importância da família reservar um tempo para acompanhar a realização dos exercícios. Com o intuito de verificar se as tarefas estão de fato sendo cumpridas, a 6ª CRE trabalha semanalmente em cima de uma planilha de engajamento onde se tem o controle das atividades realizadas.

Segundo ele, em um primeiro momento o objetivo foi saber quais as reais condições dos alunos quanto às atividades, ou seja, como estavam sendo desenvolvidas e qual o percentual de aprendizagem que estavam demonstrando. "Sabemos que alguns alunos não conseguem realizar os trabalhos por falta de internet, por queda na conexão. Outras vezes os alunos têm os equipamentos, mas moram em uma região que não tem sinal de internet. Tudo isso foi sempre levado em consideração", destaca.

Apesar dos desafios na educação, Luiz Ricardo ressalta que o atual cenário trouxe muito aprendizado. A sala de aula, que até então era presencial, passou a ser virtual, sendo preciso trabalhar uma ressignificação do trabalho e função do professor e conhecer a realidade do aluno. "Os professores acabaram se apropriando mais dos recursos tecnológicos. Na verdade a pandemia só avançou o que dentro de dois anos já deveria acontecer na educação", conclui. 


Foto: Agência Brasil/ Divulgação
Ensinar de forma remota em meio à pandemia tem sido um dos maiores desafios dos professores
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