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Imóveis ganham a preferência dos investidores na hora de aplicar valores


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 25/07/2020 09:00

Geral   NOVAS NECESSIDADES

Este é um ano diferente para o setor imobiliário. Ao mesmo tempo que sofre os impactos da crise econômica que provocou, entre outras coisas, a desocupação de imóveis, procura se adaptar ao novo cenário imposto pela pandemia. Nesse sentido, imobiliárias de Vera Cruz e Santa Cruz do Sul têm notado novas necessidades e interesses por parte dos clientes e a transformação de perfis de compra, como o de investidores. “Estes mudaram muito sua forma de pensar desde o início da pandemia. Se há três meses nem imaginavam mexer no seu dinheiro, agora têm a aplicação em um imóvel como uma escolha bem interessante”, afirma Nestor Schulz, gerente de vendas em um estabelecimento de Santa Cruz. 

Essa mudança tem ocorrido, conforme Roque Dick, proprietário de outra imobiliária na terra da Oktoberfest, porque os investidores perceberam que o rendimento de aplicações em bancos e bolsas de valores tem sido muito menor em função da instabilidade econômica. “Desse modo, quem já tinha uma reserva em dinheiro tem preferido investir na compra de imóveis do que manter aplicações no banco praticamente sem rendimento”, afirma.  Nesse sentido, o presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Flávio Bender, frisa que uma boa escolha são os prédios comerciais, pois revertem em maior rendimento ao investidor se comparado aos residenciais.

Conforme Flávio, o momento tem sido mais positivo para o setor imobiliário e, apesar das dificuldades impostas pela pandemia, as vendas estão começando a alavancar. Na imobiliária em que é proprietário, por exemplo, a procura por imóveis neste momento já é maior do que no ano passado. “Acredito que o setor vai ser um dos primeiros a reagir após a crise, pela capacidade de se adaptar às mudanças, bem como às necessidades dos clientes”, pontua. 

Preferência das pessoas é pelo conforto e a qualidade de vida
Além da mudança de comportamento dos investidores, que tem ajudado o setor a reagir, os profissionais do ramo citam que nas últimas semanas houve crescimento na demanda por moradias mais amplas e que proporcionem conforto aos clientes. Dessa forma, destacam que a prioridade passou a ser a qualidade de vida, carência desenvolvida após a permanência mais frequente em casa. “Quem antes morava em apartamento ou em imóveis pequenos, agora procura um lugar com mais espaço e pátio, ou ainda, imóveis na cobertura e com sacadas maiores”, revela Marcos Maurer, corretor e sócio em uma imobiliária de Santa Cruz. Entre as preferências, cita a procura pelas moradias em condomínios. “São locais em que as pessoas se sentem mais protegidas em relação à contaminação do vírus também. Por isso, existe certo receio em morar em prédios, locais em que elas têm que passar por escada ou elevador, tocar em mais superfícies” pontua. Flávio acrescenta que em seu estabelecimento cresceu a demanda por imóveis rurais, como as chácaras, o que anteriormente à pandemia não acontecia. “Isso está relacionado a essa necessidade de se sentir livre, ter mais conforto e espaço”, completa. 

Na contrapartida de pessoas buscando moradias mais amplas, quando o assunto é segurança, Nestor aponta, ainda, que a preferência continua sendo os apartamentos. “Essa procura se dá, principalmente, por pessoas na faixa etária a partir dos 60 anos. Esses estão em um processo de migrar da casa para o apartamento”, justifica.  

Leia a matéria completa na edição impressa do Jornal Arauto deste fim de semana. 


Foto: Jornal Arauto / Taliana Hickmann
Vendas no setor imobiliário voltam a crescer
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