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A boia que fortalece a comunidade


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 30/06/2020 20:00

Geral   VALE DO SOL

O prato que alimenta, que aquece, que une várias pessoas na preparação e que tem o sabor consagrado e constantemente requisitado pelo paladar dos vale-solenses. Bastou o termômetro baixar alguns graus para dar aquela vontadezinha, não é mesmo? Chegou a época da boia forte. O nome faz jus à receita, que leva mais de 20 ingredientes e deve ser preparada em panelão de ferro. Sem esquecer do acompanhamento ideal: pão caseiro. Por ser tão popular no Município, foi oficialmente considerado prato típico de Vale do Sol, em decreto do dia 9 de junho de 2006. Entre várias histórias e lembranças, a certeza de que a boia forte caiu nas graças da comunidade, tanto que em cada recanto há quem saiba fazer e reúne uma equipe de colaboradores. E assim, a famosa receita passa de geração a geração, une pessoas em festas comunitárias, beneficentes e particulares e simplesmente aquece o corpo - quem sabe também a alma e o coração.

O empresário Paulo Fritsch é um dos tantos que se tornaram referência no preparo da boia forte. Há pelo menos 30 anos ele se dedica a ajudar e a fazer o prato típico de Vale do Sol. Foi aprendendo com outras pessoas, mais experientes, nas festas de comunidade, e com o passar do tempo, passou a coordenar a própria equipe de cozinheiros. Ao ser oficializado como prato típico, só veio a popularizar e a ser frequentemente pedido também em comemorações particulares.

TEM SEGREDINHO? Fritsch explica que até pode ser feita em panela de alumínio, mas a boia forte só terá o sabor especial se for no panelão de ferro, disposto em fogão a lenha ou fogo aberto, de chão. Outra dica que ele compartilha é a paciência no cozimento, para que os ingredientes se misturem bem, “para dar aquela química” na mistura, como ele mesmo definiu. É preciso mexer com frequência para chegar no ponto ideal, “um pouco cremoso, mas não uma pasta”, argumenta Fritsch. Mas o segredo, se é que existe de fato um, está no tempero, na finalização. Cada um tem seu jeito, seu gosto, seu toque. Fritsch tem 58 anos e o amigo Valdir Weirich, 63. Eles anunciam que estão prestes a “se aposentar” dessa função, no preparo do prato em eventos maiores, mas com a certeza de que a tradição será mantida, já que em cada localidade, em cada comunidade, há quem saiba preparar uma saborosa boia forte.

Quer ver mais? Matéria completa na edição desta terça-feira do Jornal Arauto

 


Lucas Batista/ Jornal Arauto
Neste fim de semana, boia forte foi vendida para levar para casa
Neste fim de semana, boia forte foi vendida para levar para casa

Arquivo Arauto
Prato típico caiu nas graças do povo vale-solense
Prato típico caiu nas graças do povo vale-solense