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Operação do MP afasta vice-prefeito, secretários e vereadores de Vera Cruz


Publicado 05/12/2017 07:08
Atualizado 05/12/2017 13:47

Polícia Cobertura Especial   AÇÃO POLICIAL

A manhã desta terça-feira (5) começa movimentada em Santa Cruz e Vera Cruz. Dezenas de pessoas saíram do Ministério Público em Santa Cruz em direção a Vera Cruz por volta das 7h30min. Agentes da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Saúde do Ministério Público (MP) e Brigada Militar participaram da ação. 

10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos através da Operação Fura Fila. Foram afastados por fraude o vice-prefeito Alcindo Iser (PTB), a secretária de saúde Eliana Maria Giehl e o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente Mártin Fernando Nyland. Também são afastados dos cargos os vereadores Eduardo Viana (PTB) e Marcelo Rodrigues de Carvalho (PTB). 

Além deles, foram cumpridas ordens judiciais para a suspensão do exercício da função pública dos assessores parlamentares da Câmara de Vereadores Gelson Fernandes Moura, Guilherme Matheus Oziemblovski e Anselmo Eli Ferreira Júnior, da secretaria Municipal de Saúde, Adriane Mueller, e da diretora-geral da Câmara de Vereadores, Ilse Miguelina Borges Riss.

Questionado pela reportagem do Portal Arauto, o vice-prefeito Alcindo Iser diz desconhecer o que está acontecendo. "Sempre trabalhamos de uma maneira séria e honesta. É só o que eu posso fizer por enquanto". destaca.

O que acontecia?

Conforme as investigações, os vereadores, juntamente com o vice-prefeito, com a secretária de Saúde, a servidora da secretaria de Saúde, o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, promoveram um "fura-fila" nos atendimentos da saúde em Vera Cruz.

Tendo como objetivo proveito político e pessoal, eles cadastravam nos sistemas de regulação de consultas e procedimentos médicos pacientes que eram apadrinhados políticos como sendo prioritários, quando na verdade não eram, deixando sem atendimento a população de Vera Cruz que não possuía compadrio. 

O grupo fez isso no sistema de agendamento do SUS, o Sisreg III, bem como no de regulação de consultas do Estado (Gercon) e no do Cisvale, o qual deveria ser utilizado somente para caso especiais e era utilizado pelos investigados para o já referido clientelismo.

Ainda, apadrinhados políticos recebiam cascalho, terra, brita e areia do município, além de serviço de horas máquina da prefeitura sem a devida contraprestação do beneficiário. Para os que não tinham ligação partidária com o grupo, o encaminhamento era para que fosse seguido o procedimento correto, que dependeria de cadastro no município, requerimento e contraprestação.