Em sessão realizada no Tribunal do Júri nesta quinta-feira (25), no Fórum de Santa Cruz do Sul, o réu Alisson Soares Lucas foi condenado a seis anos de reclusão por ser um dos responsáveis pela tentativa de homicídio contra Israel Lima Petry.
O caso aconteceu em 18 de fevereiro de 2019, na Rua João de Barros, no Bairro Arroio Grande. Na data, Alisson e outro homem, Jackson Romário dos Santos, teriam feito disparos de arma de fogo que deixaram Petry gravemente ferido.
Nesta quinta-feira, a vítima e o réu prestaram depoimento. Petry negou um suposto caso extraconjungal com a esposa de Alisson Soares Lucas - esta teria sido a motivação do crime. Já Alisson afirmou que a relação entre a sua esposa e Petry existia, inclusive contou sobre o incômodo que ela estaria passando por insistência de contato da vítima.
Alisson confessou ter feito os disparos, mas declarou que foi até o local para conversar com Petry e que os tiros foram uma ação de legítima defesa. Durante o julgamento acalorado, com debates intensos entre o promotor Rogério Fava Santos, representando a acusação por parte do Ministério Público (MP), e os advogados de defesa, Diego Lopes dos Santos e Carlos Heitor de Azeredo, o Conselho de Sentença, formado por duas mulheres e cinco homens, analisou os materiais apresentados do processo. A sessão foi presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse.
A tese apresentada pelo MP foi de que os materiais colhidos no inquérito policial afastam a possibilidade de legítima defesa, e que ganham força quando há autoria e materialidade suficientes para uma condenação.
Já os advogados de Alisson abordaram a questão sentimental envolvida na relação do réu com a vítima e sua esposa. Na tese, também refutaram a ideia de ataque surpresa apresentado pelo MP e pediram aos jurados que a motivação do crime servisse como um atenuante de pena.