Toda quarta-feira Tiago Rodrigues de Moraes chegava na Vila Schultz em Santa Cruz para jogar futsal com os amigos. A rotina foi interrompida na tarde do dia 11 de setembro, dia de jogo, quando ele morreu enquanto trabalhava na Avenida Felizberto Bandeira de Moraes, no Distrito Industrial. Naquela noite, os amigos trocaram os uniformes da partida, pelo preto do luto.
Moraes partiu e sua ida doeu o coração de cada parceiro. Porém, agora o grupo tem outro jogo para lutar: a busca pela justiça. Reunidos no Ginásio Sindisaúde, os amigos relembraram a trajetória de Tiago, oraram e pediram uma resposta quanto ao acidente. De acordo com o primo Silvio de Oliveira, o objetivo principal é fazer com que o fato seja sempre lembrado. "Pedimos justiça, pois meus tios moram em Herveiras. Se nós amigos e colegas dele não fizermos alguma coisa, isso pode ser esquecido e os culpados podem sair isentos", destaca.
Em cartazes, resumiram o significado do amigo em suas vidas. "Simplicidade, honestidade, parceria, alegria, amizade". Na camisa usada toda quarta-feira por Tiago, o nome gravado e a passagem da vestimenta pelas mãos de todos que sentem saudade.
O acidente
Aos 36 anos, Tiago Rodrigues de Moraes foi atropelado enquanto varria a entrada da garagem de um motel, em uma rua paralela à BR-471. Seu corpo foi prensado contra uma árvore, após ser atingido por uma Toyota Hilux. Ele morreu na hora.
Os ocupantes da caminhonete, pai e filho, sofreram ferimentos e foram conduzidos ao hospital. A investigação do caso está com o delegado Alessander Zucuni Garcia, da 2ª Delegacia de Polícia.
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