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Entidades buscam resgatar o civismo na sociedade


Publicado 31/08/2018 10:35
Atualizado 12/09/2018 13:47

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Com o intuito de resgatar o civismo em Santa Cruz do Sul, um grupo de entidades busca incentivar o amor pela Pátria. Participam empresários, pessoas físicas, clubes de serviço, Mitra Diocesana, Associação dos Oficiais Militares de Santa Cruz do Sul, Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) e 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB).

Representando a sociedade civil e a Adesg, Antônio Britto Lopes, explica que a iniciativa nasceu após um grupo sentir a necessidade de levantar o espírito cívico, visto que se nota uma diminuição, principalmente em eventos, de pessoas que sabem cantar o hino. "Precisamos reagir a isso e nada melhor do que começarmos na Semana da Pátria", complementa.

O comandante do 7° BIB, coronel Christian Augusto dos Santos Cravo, comenta que a banda do exército está à disposição das escolas ou entidades para momentos em que são entoados o hino nacional.

Escolas e entidades que queiram fazer este resgate podem entrar em contato pelo telefone (51) 9 96930545.

Um pouco de história*

Conhecido como o Dia da Independência, 7 de Setembro é um feriado marcado por eventos como desfiles cívico-militares por todo o País, aos quais milhares de pessoas comparecem. Mas, alguns fatos marcantes antecederam a data.

Do outro lado do mundo, a tropa francesa de Napoleão Bonaparte conquistava vários países da Europa e proibia relações comerciais com sua última grande inimiga: a Inglaterra. Portugal não aderiu às determinações de Napoleão, e o francês invadiu seu território, obrigando Dom João e a corte a fugirem para o Brasil. Eles chegaram aqui em 22 de janeiro de 1808, escoltados por navios ingleses.

Como recompensa pela proteção oferecida, a Inglaterra exigiu que o Brasil tivesse relações comerciais com o país europeu. O comércio brasileiro era, até então, restrito a Portugal. A abertura dos portos para nações amigas permitiu que o Brasil começasse a se emancipar economicamente de sua metrópole, afinal, Portugal não tinha condições de competir com a potência comercial dos ingleses.

Um mês depois de sua chegada, Dom João organizou a estrutura administrativa do governo: nomeou ministros de Estado, criou órgãos públicos, instalou tribunais de justiça e criou o Banco do Brasil. Essas medidas e outras, culturais e econômicas, contribuíram para a emancipação política brasileira. O País foi elevado à categoria de sede administrativa das relações com a metrópole. Na prática, isso significava autonomia também no âmbito administrativo.

A burguesia portuguesa tomou medidas que limitavam a autonomia brasileira e enfraqueciam a autoridade de Dom Pedro e, além disso, exigia a volta do príncipe regente a Portugal. Do lado de cá, comerciantes e donos de terra sentiram que as medidas ameaçavam seus negócios. Resolveram, então, apoiar Dom Pedro e incentivá-lo a desobedecer as ordens que chegavam de Lisboa. Nesse contexto, foi criado o Partido Brasileiro, organizado para enfrentar e resistir ao projeto do governo português de recolonizar o País.

Em 9 de janeiro de 1822 e com todo o suporte do Partido Brasileiro, Dom Pedro tomou a decisão definitiva sobre as ordens da corte para que retornasse. A declaração é replicada até hoje nos livros de história. “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico”. Por conta do discurso, o episódio ficou conhecido como Dia do Fico.

Apesar da decisão de Dom Pedro, os confrontos com a corte portuguesa permaneceram e chegaram ao ponto de, sempre amparado pelas elites e o Partido Brasileiro, o príncipe regente determinou a ruptura política entre Brasil e Portugal. Em 7 de setembro de 1822, foi proclamada, oficialmente, a independência do Brasil, em São Paulo. Quando regressou ao Rio de Janeiro, Dom Pedro foi aclamado imperador e coroado com o título de Dom Pedro I, em dezembro de 1822.

*Informações retiradas do site do Governo Federal


Foto: Divulgação
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