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Após seis meses de espera, sargento da BM com tumor raro passará por cirurgia


Publicado 23/11/2017 15:17
Atualizado 23/11/2017 15:36

Geral   ALÍVIO

A espera e a angústia do sargento da Brigada Militar de Rio Pardo, Marco Antônio Teixeira, e de sua família está prestes a acabar. Depois de seis meses do início da busca pela cura, o rio-pardense vai enfim realizar a cirurgia tão aguardada. O procedimento foi agendado para esta sexta-feira (24), a partir das 06h30min, no Hospital Santa Casa, de Porto Alegre.

Diagnosticado com um tumor raro em julho deste ano, Marco Antônio e a família esperavam que o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE-RS), cubrisse os custos da cirurgia, o que não ocorreu. O órgão alega que o procedimento, com valor estimado em R$ 230 mil, ainda é um experimento no Brasil e não consta na Tabela de Honorários Profissionais (THP), por isso o instituto não pode cobrir as despesas. O impasse com o IPE seguirá correndo na justiça, mas no momento, o sentimento da família é alívio com a realização da cirurgia, conforme a esposa do rio-pardense, Cláudia Siqueira. "Foram 6 meses de muita luta, de muita espera, de várias internações, de muita preocupação e agora chegou o momento do Marco realmente lutar por sua saúde. Tivemos a negativa do IPE por duas vezes, a negativa da Justiça mas, tivemos Deus, familiares, amigos, médicos e a instituição Santa Casa de Porto Alegre nos auxiliando, tornando possível o Marco ter acesso ao melhor tratamento que hoje existe no mundo", afirmou

Como não contou com o custeio por parte do IPE, a família organizou uma vaquinha online para arrecadar fundos. Nesta quinta-feira (23), foi feito o pagamento de R$ 45 mil, arrecadados na campanha. Já o restante, R$ 22 mil, referente ao custo total, foram parcelados por familiares junto à Santa Casa.

A cirurgia

Chamada de Peritonioscopia com quimioterapia interadérmica o procedimento é complexo, delicado e de alto risco, por esse motivo são raras as equipes oncológicas que o realizam. São necessários quatro cirurgiões oncologistas, dois anestesistas, dois oncologistas clínicos, fisioterapeuta, nutricionista, além de uma ampla equipe de enfermagem. A cirurgia pode levar até 24 horas com período de recuperação dividido em sete a dez dias de UTI, e depois em torno de três semanas hospitalizado. Apenas dois hospitais realizam a cirurgia no Rio Grande do Sul: Moinhos de Vento e no Hospital Santa Rita, onde ocorreria o procedimento de Marco Antonio.

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Foto: Reprodução Portal Arauto
Marco Antonio teve tumor diagnosticado no mês de junho
Marco Antonio teve tumor diagnosticado no mês de junho