A partir do mês de maio, quatro turmas de duas escolas de Vera Cruz passarão a contar com ensino em tempo integral. Após um período de planejamento, estão sendo estruturadas para receber a novidade a Escola Municipal de Ensino Fundamental Walter Dreyer e a Escola Municipal de Ensino Fundamental João Carlos Rech.
Conforme a secretária de Educação, Micheli Katiani Rech, a execução inicia em maio, ainda sem data certa do início. A previsão é que comece no dia 13, no entanto, tudo depende do andamento legal da documentação que autoriza o início das atividades. A Escola de Tempo Integral é um programa do Governo Federal, que libera recursos de incentivo. O município precisou aderir a esta iniciativa e recebeu 66 vagas. A proposta passou por aprovação do Conselho Municipal de Educação e teve decreto emitido pelo prefeito Gilson Becker.
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Algumas escolas do município já tinham oficinas no contraturno, incluindo empreendedorismo e protagonismo rural, com profissional técnico agrícola e parceria com a Emater e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar de Vera Cruz , além de danças e futsal. Entretanto, a configuração do Programa Escola de Tempo Integral é diferente. “As oficinas no turno inverso são opcionais, o município e a escola ofertavam, e a criança aderia se era de desejo dela e da família”, explica Micheli. Já a Escola em Tempo Integral faz parte do currículo do aluno, portanto é de participação obrigatória.
Foram analisados os critérios do programa, para verificar onde seria viável e possível aplicar o turno integral. “O programa requer que o grupo de estudantes permaneça nos dois turnos na escola, de forma presencial. Então, o maior desafio é o espaço físico. Porque normalmente a escola usa o mesmo espaço com uma turma de manhã e com outra turma à tarde. Por isso requer muito planejamento”, esclarece. Outro fator é a alimentação, já que as crianças passam o dia todo na escola nesses dias.
O processo de adesão contou com visitas às escolas e assembleias com as turmas e famílias. Em uma construção coletiva, foram organizados encontros convocando os responsáveis dos alunos para explicar como se daria e saber se as famílias pretendiam aderir ou não. Quem não pode comparecer recebeu vídeos explicando o programa para também opinar. “Para nossa grata surpresa, quando precisaram se posicionar as famílias na João Carlos foram unânimes. Na Walter, apenas três famílias ficaram com dúvidas, acharam que não seria necessário naquele momento, mas vão encaminhar os filhos”.
Desta maneira a escolha das escolas participantes partiu da análise de espaço físico e estrutura. Por fim foram escolhidas uma escola do interior e outra da área central. “Não serão escolas em tempo integral, serão turmas em tempo integral. Na Walter vão ser 34 alunos, do 4º e 5º ano, e na João Carlos Rech são 32 alunos, com duas turmas de 4º ano”, frisa a secretária. A expectativa é que o ensino em tempo integral também colabore para melhorar os índices educacionais de Vera Cruz.
Parceria com o Senac-RS
A iniciativa será feita em parceria com o Senac-RS, através de contrato firmado para disponibilizar a parte diversificada do currículo aos estudantes, além da parte de conteúdos específicos com os professores titulares. A parceria é uma alternativa, devido à limitação de contratações de RH. Considerando a competência do Sistema S, as crianças terão acesso a outras formas de abordagem do currículo, sem perder a relação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que rege a educação nacional.
Além das cinco tardes de aulas habituais, durante três dias da semana as crianças terão aula também durante a manhã. Nessas ocasiões, em aulas de duas horas por tema, elas terão a oportunidade de aprender jogos colaborativos (disciplina vinculada à educação física), raciocínio lógico-matemático, robótica, pesquisa em estudos interdisciplinares, escrita criativa: leitura, produção de textos e também descobrindo talentos, onde entram atividades como música, teatro e artes.
Micheli destaca que a carga horária destes estudantes será maior, e as aulas da manhã também serão avaliadas com nota no boletim. As atividades contam presença, integram a carga horária total e são de participação obrigatória.
De acordo com Micheli, a pasta está preparada para monitorar o programa após a instalação, com um coordenador em cada escola e apoio da equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação. Caso seja necessário realizar alguma mudança ou ajuste ao formato, isto será possível ao longo do processo. E antes de pensar em ampliar o turno integral para outras turmas e escolas, o objetivo da Secretaria de Educação é conseguir manter essas quatro turmas de forma satisfatória e benéfica aos estudantes, e a oferta do programa sempre com responsabilidade financeira.
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