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“Ver tudo isso de perto tem sido um pouco chocante”, diz venâncio-airense em Portugal


Publicado 06/08/2022 12:33
Atualizado 06/08/2022 16:33

Geral   TEMPERATURA DE 47°C

Uma onda de calor tem afetado o verão europeu. Em Portugal, há cerca de 130 áreas em perigo máximo de incêndio rural em razão da alta temperatura. A venâncio-airense Paula Bergamaschi, de 29 anos, mora há cinco anos no país, na área central da cidade de Porto, e relata que uma série de restrições cerca as pessoas que vivem nas zonas rurais.

“Os cidadãos que moram no interior de Portugal precisam seguir uma série de medidas sujeito à punição, como limpar a mata ao redor da residência. Além disso, os agricultores são proibidos de trabalhar no campo e também há proibição de turismo em zonas de mata fechada. São restrições para não por em risco as pessoas”, diz a venâncio-airense.

Desde que chegou ao país, em 2017, os incêndios têm acontecido nas zonas rurais. A situação não afeta tão diretamente Paula em razão de morar na região central de Porto. Entretanto, é comum ver nuvens de fumaça na rua. Neste ano, o interior chegou a marcar o recorde de 47°C e 60°C no solo. Já na cidade as temperaturas ficam na marca dos 35°C a 40°C. 

A campanha contra os sinistros tem sido intensa. A situação tem tomado os noticiários do mundo inteiro. Isso porque mais de mil pessoas já morreram em Portugal em decorrência da onda de calor que atinge a Europa. Em exceção ao município de Porto que até o momento não registou mortes.

“Ver tudo isso de perto tem sido um pouco chocante, pois não estava acostumada com os incêndios tão perto de mim. É chocante ir do Porto a cidade de Coimbra e passar por zonas que têm mata queimada pelos dois lados da estrada.”

Conforme a venâncio-airense, há uma sensação de indignação em razão de alguns cidadãos não obedecerem às normas que são debatidas a todo o momento. “O sentimento maior é uma mistura de impotência com indignação. Sabemos que a maioria dos casos é por descuido ou intencional. Vemos o trabalho dos bombeiros e muitas pessoas que auxiliam no combate às chamas, mas temos muito vento que dificulta o controle do fogo”, desabafa.


Foto: Arquivo Pessoal
Paula Bergamaschi mora há cinco anos na cidade de Porto
Paula Bergamaschi mora há cinco anos na cidade de Porto