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Grupo Arauto e Ricardo França fazem a festa com os residentes da Asan


Fonte: Grupo Arauto
Publicado 26/07/2022 16:48
Atualizado 26/07/2022 17:00

Geral   HOMENAGEM

Nesta terça-feira (26) é comemorado o Dia dos Avós, marcado pelas homenagens a quem é sinônimo de afeto, sabedoria, cuidado e, muitas vezes, o suporte da família. E se o dia é dedicado a lembrar quem tanto se doa por aqueles que ama, nada melhor do que celebrar com alegria e música. Com essa proposta, o comunicador e jornalista do Grupo Arauto de Comunicação, Pedro Thessing, e o compositor, musicólogo e pós-graduando em musicoterapia, Ricardo França, fizeram a festa nesta tarde na Associação de Auxílio aos Necessitados de Santa Cruz do Sul (Asan).

Além de convidar os 73 idosos residentes a cantar e dançar, o momento oportunizou uma experiência única com a musicoterapia, técnica desenvolvida por Ricardo há algum tempo, e na qual a música auxilia a despertar emoções e memórias afetivas.

Com a canção “As mocinhas da cidade”, os vovôs e as vovós recordaram os tempos em que dançavam nos bailes. Já através dos versos “a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim”, eles foram convidados a se imaginar em uma praça, sentindo o cheiro da pipoca preparada pelo pipoqueiro, o aroma das flores, e vendo as crianças brincarem. Um momento de muita emoção e que transportou os residentes por diversas fases de sua vida, como a infância, através da música “Ai bota aqui, ai bota ali o seu pezinho”.

Musicoterapia

Conforme Ricardo, que vem realizando um projeto nesta área junto a clínicas geriátricas da região, a musicoterapia tem esse papel: despertar memórias e emoções através da música. Dessa forma, uma canção pode resgatar momentos como o primeiro beijo, fazer lembrar de um grande amor, da infância, da juventude e diversos outros momentos felizes ou marcantes da vida. “Muitas vezes a gente tem dificuldade de falar o que sente, mas aí cantamos uma música e conseguimos expressar o que estamos sentindo. A música está presente em nossas vidas desde a infância, o ritmo da música quem dá é o coração, quando a gente nasce, o primeiro ritmo que a gente tem da vida é o coração que nos dá. Então neste sentido, a música acessa vários lugares do cérebro, ela faz a trilha sonora da vida. É por isso que se você questionar a uma pessoa de 80 anos qual a música que marcou a festa do seu casamento, qual a música que remete ao seu primeiro amor, possivelmente ela vai cantar toda a letra”, ressalta.

Muito além do entretenimento, afirma Ricardo, trata-se de uma terapia que acarreta em uma série de benefícios a quem participa e interage com o exercício da musicoterapia, a exemplo dos idosos. “A musicoterapia traz a cura através da saúde mental, da cognição do canto, exercita a respiração e reabilita os pacientes com dificuldade de comunicação. Em pessoas com alzheimer, depressão, estresse, qualquer sintoma que desequilibra e evoca emoções, a música consegue trazer essas emoções e memórias à tona. A musicoterapia também ajuda a melhorar o relacionamento entre as pessoas e pode ser uma ótima técnica para mediar conflitos nas empresas”, cita o profissional, ao enfatizar que nas residências e clínicas geriátricas o principal objetivo de seu trabalho é resgatar memórias afetivas.

Dessa forma, em trabalhos individuais - em que cria um repertório personalizado com músicas que fazem parte da história daquela pessoa - ou em grupo, com os idosos sentados em roda, provocando a interação e o olho no olho, Ricardo conta que as frequências musicais transformam o ambiente em que os participantes estão inseridos em um local harmonicamente preparado, onde a alegria e o bom humor conduzem leveza.