ATUALIZADA ÀS 15H DESTA SEXTA-FEIRA
Cerca de 150 pessoas participaram de uma manifestação nesta sexta-feira (22) na ERS-403. Com faixas e cartazes, produtores rurais e motoristas que utilizam a rodovia por conta das atividades econômicas e moradores da região pediram melhorias.
A cerca de dois quilômetros da João Habekost, em Rio Pardo, protestantes alternaram momentos de bloqueio e liberação. A Polícia Rodovia Estadual (PRE) esteve no local acompanhando o ato.
O objetivo é chamar atenção Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para as condições no trecho que liga Rio Pardo a Cachoeira. “O povo quer solução, antes que mais tragédias aconteçam", estava escrito em um dos cartazes.
A reportagem do Portal Arauto fez contato com o Daer que informou que está enviando esforços para melhorar as condições de trafegabilidade da rodovia, por meio de ações direcionadas à situação de cada trecho. No primeiro trecho, no lado de Rio Pardo, que vai do km 00, no entroncamento com a BR-471, ao km 18,25, iniciou na semana passada a recuperação do pavimento através de reperfilagem nos piores pontos. No dia 19 deste mês, a empresa paralisou esses serviços para executar remendos tapa-buracos antes de prossegui-los.
Do quilômetro 18 ao 24,37, a Arcol, detentora do contrato de pavimentação do Lote 02, abandonou a obra. Para que as atividades tenham continuidade, esse contrato está sendo reincidido. Logo, será convocada a segunda colocada na licitação para assumir os serviços.
Ainda de acordo com o Daer, está em obras o segmento que vai do km 24,37 ao 45,25, chamado de Lote 01. Dos 20,88 km de extensão, quatro estão concluídos e 5,5 com a base pronta, restando apenas a implantação da camada asfáltica. Nesse trecho, a pavimentação não foi complementada devido a uma alteração do tipo de asfalto que se tornou necessária após o aumento exponencial de tráfego pesado de caminhões, carretas e bitrens. Esse acréscimo ocorreu devido a interdição da ponte do Fandango, na BRS-290, em Cachoeira do Sul, que resultou no desvio do trânsito para a ERS-403.
Como a ponte levará, no mínimo, dois anos para ser recuperada, é preciso reforçar o pavimento, visto que o tráfego intenso nesse período comprometeria a integridade da pista da mesma forma que está danificando o pavimento já existente. O trecho em obras, segundo o Daer, após o segmento com base asfáltica, está em fase de terraplenagem e drenagem, avançando em direção a Rio Pardo. E os demais segmentos sem pavimentação não resistem ao tráfego pesado e intenso, especialmente em dias chuvosos. Esses locais em obras de pavimentação e terraplenagem foram sinalizados para que caminhões carregados não transitem em dias de chuva. Em nota o Daer informou: "No entanto, a sinalização é desrespeitada e, nos dias chuvosos, há formação de barro e atoladouros, problema que poderia ser minimizado com a colaboração dos caminhoneiros e será solucionado com o término da pavimentação da rodovia, que está previsto para 2023".