A anunciada chuva para a sexta-feira (17), chegou, e ainda que atrapalhasse a movimentação do público no Parque de Eventos, reduzindo o público almejado, não intimidou a festa voltada à melhor idade. Bastou o grupo Os Colonos começar a tocar as modas típicas da cultura germânica para os primeiros idosos se animarem a ir para a pista. E assim foi até o fim, com direito a trenzinho formado pelos visitantes da Feira da Produção.
Elvira Giehl, 83 anos, era uma das mais faceiras. “Vim para dançar, para comer e fazer a festa”, resumiu ela, entre uma dança e outra. Se chovia “lá fora”, sob o telhado que cobria a pista de dança a chuva era de alegria e animação. E uma das mais sorridentes era Maria Lurdes de Moura, de 73 anos. Viúva há mais de 20 anos, ela foi para a feira com a missão de se divertir. E conseguiu, fácil fácil.
Maria dançou com Elvira e logo depois procurou uma das Soberanas para continuar na pista. Ela fez coreografia com a música, abanava e espalhava felicidade por todos os lados. “Eu vim me divertir, é tão bom. Junto com o grupo da melhor idade, não perdemos nada. Já vim duas vezes para a Feira, na primeira olhei tudo e hoje (sexta) vim mesmo para dançar”, frisou ela, integrante do grupo Alegria não tem idade, coordenado por Leci Kobs. “É uma animação só. A alegria delas é contagiante”, comentou Leci, lamentando o tempo chuvoso que atrapalhou a vinda de muitos do grupo, que se reúne no Centro de Convivência do Idoso. Mas as que foram, se divertiram para valer e estão na contagem regressiva para a festa de São João, que acontece nesta quinta-feira.
Uma das novidades desta Feira da Produção foi o café colonial organizado pela Coopervec, na tarde de sexta-feira, quando a programação do evento era dedicada à melhor idade. “Bota mesa farta nisso, está tudo muito bom”, resumiu Edinete Silva, que trabalha com costura na empresa ILP Confecções, em Vera Cruz. Aliás, a fábrica fechou na sexta para que as colaboradoras pudessem prestigiar a Feira da Produção e se deliciar com os itens servidos pela cooperativa dos agricultores familiares. Edinete estava cercada por 12 colegas, que anunciaram: o café colonial foi aprovadíssimo.
Essa também foi a constatação dos organizadores. O retorno que a Coopervec recebeu foi só elogios, tamanha variedade de produtos e sabor. O que possibilita planejar nova edição para a feira de 2023.
A beleza desta edição da feira rendeu muitos elogios dos turistas, mas também por parte de quem é vera-cruzense, que resolveu aproveitar o que o município programou e prestigiar a festa e os expositores. Na tarde de sexta-feira, Leoni, o esposo Clóvis Molz e Lia Overbeck, decidiram percorrer cada espaço da Feira da Produção. E eles encheram as sacolas com muitas delícias.
Ninho de abelha, rapadura, linguiça. Também passaram no espaço do artesanato para levar pano de prato e, ainda, camiseta da Liga Feminina de Combate ao Câncer. Até mudinha de eucalipto Clóvis garantiu para plantar na propriedade. “A feira está bem diversificada, foi uma tarde para olhar tudo e rever muitos amigos aqui. A gente recomenda”, destacaram os vera-cruzenses.
