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Antes da pandemia, comércio varejista representava 8,9% dos empregos de Santa Cruz


Fonte: Assessoria de Imprensa
Publicado 25/05/2022 18:46
Atualizado 25/05/2022 18:49

Geral   ECONOMIA LOCAL

A 10ª edição do Mapa do Emprego, um estudo elaborado pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), revela a representatividade do setor. Segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do ano-base 2019, em Santa Cruz do Sul, o total de empregos formais gerados pelo varejo representava 8,9% da mão de obra em atividade laboral no município. Ao todo, 3.592 postos de trabalho estavam vinculados ao setor.

Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP), Mauro Spode, o dado reforça a importância econômica do setor para a economia do município. “Estamos falando de um estoque de mais de 3,5 mil empregados em lojas. Este dado não considera os empregos gerados em farmácias, supermercados e revendas de veículos e lojas de autopeças. Estamos falando das lojas, de todos os portes, que são responsáveis por fazer de nosso município uma referência para a região.”

O Mapa do Emprego revela ainda que a economia santa-cruzense, a maior parte dos vínculos formais do comércio varejista era ocupado por mulheres, que correspondem a 54,3% do total de vagas, com idade média dos trabalhadores na faixa dos 34 anos. “Este é um dado interessante, pois no Rio Grande do Sul como um todo, a maioria dos postos de trabalho no varejo são ocupados por homens. Neste sentido, nosso comércio mostra-se ainda mais relevante por oportunizar a entrada efetiva da mulher no mercado de trabalho formal”, pontua Spode.

A pirâmide etária gaúcha mostra que 28,1% dos vínculos formais são de pessoas com idade entre 30 e 39 anos. Quanto à escolaridade média, 59% apresentavam Ensino Médio Completo, a escolaridade mais comum entre os trabalhadores. No entanto, ainda 5,7% ainda eram analfabetos ou tinham apenas Ensino Fundamental incompleto. “Este dado mostra que, aos poucos, o setor segue um caminho de profissionalização, pois a grande maioria concluiu os estudos na fase média. Ainda é um caminho a percorrer, mas os números mostram que o setor tem muita mão de obra com instrução e qualificada para atuar no atendimento ao cliente”, avalia o presidente do Sindilojas-VRP.

Rotatividade é baixa em Santa Cruz

Um dos fatores que mostra um desempenho positivo é o tempo médio de vínculo com determinada empresa. Em média, em Santa Cruz do Sul, os trabalhadores do varejo têm um vínculo de 50,1 meses com a mesma loja. “Em média, são mais de quatro anos com a mesma empresa e equipe. Isso ajuda a criar uma relação com o consumidor, que reconhece o vendedor de determinada empresa, pois ele atua por um longo período no mesmo estabelecimento”, pondera Spode.

No município, outra questão chama a atenção. O tamanho dos estabelecimentos comerciais que empregam no varejo. “Os dados mostram também que as empresas optantes do Simples Nacional responderam por 57,32% do emprego formal em 2019 no nosso município. Isso nos mostra que são muitos estabelecimentos que empregam no segmento”, destaca Mauro Spode, presidente do Sindilojas-VRP.

Queda inferior a 2%

Passada a pandemia, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Brasil (Caged) revelam que o número de postos de trabalho em todos os segmentos do comércio manteve-se praticamente estável no município, após dois anos de pandemia.

Considerando a totalidade de postos de trabalho do varejo, somando-se empregos em farmácias, estabelecimentos de gêneros alimentícios e de revendas de veículos e autopeças, o total de empregados, em 2019, era de 9.884 trabalhadores com vínculo formal.

Os dados do Caged apurados no último mês de março – exatamente dois depois do extrato usado pelo Mapa do Emprego da Fecomércio-RS – revela que o estoque de empregos formais no setor era de 9.694. Ou seja, houve uma redução de apenas 1,92% na quantidade de trabalhadores formais no comércio em Santa Cruz do Sul.


Foto: Arquivo/ Jornal Arauto
“Mapa do Emprego”, realizado pelo Sistema Fecomércio desconsidera trabalhadores de farmácias, estabelecimentos de gêneros alimentícios e de revendas de veículos e autopeças
“Mapa do Emprego”, realizado pelo Sistema Fecomércio desconsidera trabalhadores de farmácias, estabelecimentos de gêneros alimentícios e de revendas de veículos e autopeças