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Mestre em Psicologia pela Unisc apresenta aplicativo para identificar casos de demência em idosos


Fonte: Assessoria de Imprensa
Publicado 04/05/2022 13:46
Atualizado 04/05/2022 13:49

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A psicóloga especialista em neuropsicologia e agora também mestre em Psicologia pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Daielle Marion, apresentou um aplicativo que tem como objetivo oferecer suporte para que os profissionais de saúde possam identificar possíveis casos de demência em idosos. A tecnologia foi mostrada durante a defesa da dissertação de Daielle no último dia 28. A ideia é que o app seja difundido no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para chegar até o aplicativo, Daielle investigou, durante a pesquisa, o trabalho em dois postos de saúde do Vale do Taquari. Um deles, de grande porte, fica situado em Lajeado, no Bairro Olarias. O outro, de pequeno porte, fica em Colinas, município em que ela reside. “A minha área de estudo é o envelhecimento com foco em profissionais de atenção primária à saúde. Então minha pesquisa está intitulada como Demências, avaliação e intervenção na atenção primária à saúde.”

Durante a pesquisa, Daielle conversou com profissionais que trabalham com idosos para saber como eles fazem o diagnóstico e avaliação de demências na população. “O recorte trouxe que existem dificuldades de educação permanente na área, que seriam as formações sobre envelhecimento e demências.”

Os resultados auxiliaram para que fosse desenvolvido o aplicativo com ajuda da professora Rejane Frozza, do Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação da Unisc; e do acadêmico de Ciência da Computação Douglas Dotto. Douglas concluiu o curso na Unisc e usou o aplicativo no trabalho de conclusão de curso. “O principal desafio foi entender como unir a tecnologia com o trabalho já desenvolvido pela Daielle, podendo assim auxiliar na tomada de decisão sobre doenças de demência, já que, se for diagnosticada logo no início, é possível controlar os sintomas e retardar o avanço, melhorando a qualidade de vida dos usuários finais”, ressalta Dotto.

A tecnologia já está aprovada e registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a ideia é difundi-la no SUS. “Estamos nos organizando para fazer contato com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e com a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, avisa Daielle. 

Como funciona o app

No aplicativo no celular, o médico, agente comunitário, enfermeiro ou qualquer outro profissional de saúde pode usar a tecnologia como suporte para tentar identificar casos de demência em idosos e também utilizar os dados em discussões com a equipe. “Há testes neuropsicológicos, escalas de vida diária e para verificar possível depressão, testes que avaliam a atenção, memória e outras funções cognitivas. Com os resultados é apresentado um quadro sugestivo ou não de demência”, explica.

O que é demência?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a demência é uma síndrome que consiste na deterioração da memória, do pensamento, do comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas.

É um conjunto de sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, levando a problemas cognitivos e afetando, também, a linguagem e o comportamento e alterando a personalidade do indivíduo. Um dos principais casos de demência é o Alzheimer.

 


Foto: Divulgação
A ideia é que o app seja difundido no Sistema Único de Saúde
A ideia é que o app seja difundido no Sistema Único de Saúde