A partir desta semana, sempre nas terças, quartas e quintas-feiras à tarde, o Museu Emílio O. Assmann, sediado na Casa de Cultura e que foi inaugurado no último dia 13, está de portas abertas para receber o público que busca conhecer mais a fundo a história e a cultura de Vera Cruz.
Após a restauração do espaço, foram meses de trabalho para que as peças históricas fossem transportadas do local onde eram mantidas, também no Centro do Município, para a Casa de Cultura. Hoje, este acervo está distribuído em diversos ambientes que, ao serem percorridos, trazem à tona memórias de um passado distante, ou nem tanto assim. As recordações podem ser relacionadas a delícias gastronômicas, com a apresentação de utensílios e instrumentos utilizados na preparação de doces, torresmo, manteiga e mel. Podem estar relacionadas a profissões, com artigos como moldes utilizados para a confecção de sapatos, máquinas fotográficas ou mesmo as antigas máquinas de costura e registradora.
Além dos objetos, a memória dos visitantes é aguçada através das imagens. Nas fotografias estão estampados rostos de figuras importantes para o desenvolvimento de Vera Cruz, a exemplo do primeiro prefeito Nestor Frederico Henn, do professor Hugo Muxfeld, que apesar de não ser natural do município possuía, por sua dedicação à apicultura, fortes relações e atividades com os apicultores de Vera Cruz, bem como de Emílio O. Assmann, que dá nome ao Museu e se destacava por colecionar objetos de valor histórico.
Como parte importante na realização do sonho de inauguração da Casa de Cultura, o Rotary Club Vera Cruz também recebeu uma sala em sua homenagem no Museu. Aos poucos, o espaço - situado bem na entrada da Casa, à esquerda - ganhará galeria de fotos, entre outros artigos que vão apresentar a história da entidade.
Na sequência, o Nosso Jornal apresenta um pouco do que o público poderá conferir ao visitar o espaço e a história de Vera Cruz.
- Ao adentrar a Casa de Cultura, um dos primeiros ambientes homenageia Nestor Frederico Henn, o primeiro prefeito de Vera Cruz. Ali está a mesa do gestor municipal (foto), sobre a qual firmou decisões importantes para o desenvolvimento do Município. No espaço também há fotografias de Nestor, da comissão de emancipação, bem como registros que mostram a evolução do prédio da Prefeitura Municipal, levando os visitantes a conhecerem mais a fundo os primeiros anos da história de Vera Cruz.
- O Memorial da Gincana abriga murais (foto) com imagens que remontam a todas as edições do evento, desde 1969, quando ainda era denominada Gincana Automobilística, até 2021, no formato em que hoje é conhecida a Gincana Municipal. Além desses, outro mural se dedica a lembrar a tarefa que levou Vera Cruz a integrar o Livro dos Recordes, o Guinness Book. Trata-se da realização da maior polonaise do mundo em 2011.
- Outra sala no Museu mexe com a curiosidade dos visitantes. Ela está repleta de peças, como uma carreta de brinquedo confeccionada de espiga de milho, lousas que antecederam o uso de cadernos nas escolas, tamancos de pau (foto), uma máquina fotográfica que pertenceu a F. Steinbacher (foto), uma coroa da rainha da sociedade de damas doada em 1994, máquina registradora, entre outros artigos.
- Também estão expostas no Museu Emílio O. Assmann as obras de F. Steinbacher (foto), pintor austríaco e fotógrafo amador que se instalou em Rio Pardo na década de 20, pintou afrescos nas igrejas de Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, além do antigo Banco Pelotense. Outras obras que podem ser apreciadas pelos visitantes são as de artistas locais, que estão à vista no salão principal.
- No Memorial da Imagem e do Som estão expostos instrumentos musicais, rádios, câmeras fotográficas, filmadoras, toca discos, televisões, entre outras peças que remontam a décadas passadas.
- O Memorial Hugo Muxfeld remonta à atuação da apicultura no município, com peças como centrífuga de mel (foto), caixas de abelha e fumigador. Hugo se destacou por participar da fundação do grupo de apicultores de Vera Cruz.
- Em um cômodo nos fundos do Museu, em uma espécie de cozinha, estão expostos louças e utensílios rústicos, tais como uma prensa de fazer torresmo (foto), um equipamento de bater manteiga (foto) e uma prensa de waffle (foto), que chama a atenção. Apesar de pertencer a décadas passadas, possui tamanha praticidade, pois ao ser encaixada sobre a boca do fogão pode ser girada para assar o waffle dos dois lados.
