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Setor calçadista volta a gerar contratações


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 17/11/2021 06:40
Atualizado 17/11/2021 06:40

Geral   ECONOMIA

O Ministério da Economia divulgou, na semana passada, os dados referentes a setembro de 2021 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na comparação com o mesmo período do ano passado, os números são animadores, no entanto, na região, demonstram mais uma vez a sazonalidade da indústria de transformação, ligada ao tabaco. Por outro lado, o setor coureiro calçadista de Vera Cruz comemora a retomada dos postos de trabalho e da demanda de mercado.

Boa Notícia

As expectativas que não eram boas para o setor calçadista no início da pandemia, parecem estar cada vez melhores. Em Vera Cruz, a redução significativa na demanda de serviço levou o encerramento das atividades de alguns ateliês do ramo calçadista.

Apesar de alguns empresários terem reduzido o número de empregados, outros não só mantiveram os postos de trabalho, como também geraram novos empregos. Este mercado é bastante volátil e caminha conforme demanda, no entanto, de acordo com os dados do Caged, 11 novos postos foram gerados nas três cidades, enquanto em 2020 o saldo ficou negativo em 8 vagas. Dos seis empresários consultados, apenas dois afirmaram que desistiram dos negócios e buscaram uma nova fonte de renda.

Saldo

Levando em conta o número de contratações e desligamentos de setembro, em todo o país foram quase 314 mil novas vagas geradas. Destas,  pouco mais de 13 mil estão no Rio Grande do Sul. Porém, os municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz e Vale do Sol se mostram destoantes destes números, já que pouco mais de 800 empregos deixaram de ser ofertados na região, fruto, principalmente, da indústria do tabaco. Se desconsiderarmos a indústria, no entanto, o saldo fica positivo.

Nos dois extremos, o destaque vai para o setor do comércio, que em setembro deste ano contratou quase 500 novos trabalhadores e gerou 51 novos postos de trabalho. Estes trabalhadores têm, em geral, ensino médio completo ou mais e faixa etária entre 18 e 24 anos. Em setembro de 2020, o mesmo setor representou pelo fechamento de 128 postos de trabalho, sendo o responsável pelo maior número de demissões se desconsiderada a indústria.

Realidade

A sazonalidade da indústria do tabaco revela, todos os anos, um aumento no número de contratações, principalmente, no primeiro trimestre. Realidade que se inverte ao final do terceiro trimestre.
Em setembro de 2020, a indústria apresentou saldo negativo de 1,7 mil postos de trabalho. Neste ano, no entanto, a realidade foi diferente, apesar da esperada retração no número de trabalhadores ativos, o saldo resultou em 900 vagas a menos. 


Foto: Arquivo/Jornal Arauto
Números do Caged revelam crescimento do comércio na região e empresários se mostram animados com as perspectivas
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