A Prefeitura de Santa Cruz do Sul organiza uma contraproposta à Corsan a fim de melhorar os serviços da companhia no município. De acordo com a prefeita Helena Hermany, o novo aditivo ao contrato prevê multas mais pesadas, congelamento da tarifa, repasse de arrecadação e preservação das ruas da cidade. O texto será encaminhado para a Companhia e, antes da aprovação, à Câmara de Vereadores. O aditivo precisa ser assinado até 16 de dezembro.
Segundo Helena, o contrato atual já está melhor do que no passado, mas existe essa oportunidade de qualificar alguns pontos. "O que queremos colocar no contrato? Uma multa pesada para quando não ocorre o cumprimento das metas. A multa está muito leve! A Corsan não consegue realizar alguma obra, paga a multa e fica por isso mesmo. Não! Nós vamos colocar multas pesadas para que, realmente, esse contrato seja cumprido", disse em entrevista ao Portal Arauto.
No texto, o Executivo também pede o congelamento da tarifa, a fim de que o valor de obras não seja embutido nas faturas da população. "Nós queremos, pelo menos, seis anos de congelamento da tarifa aqui em Santa Cruz, para que a comunidade tenha a tranquilidade de que amanhã ou depois, essa tarifa não seja aumentada", disse. Além disso, conforme Helena, outras cláusulas importantes são a garantia da manutenção das ruas após as obras - para que o município receba as vias da forma que entregou - e uma outorga que contemple 12 meses de arrecadação da Corsan, com o objetivo de fazer asfalto e mais obras através do repasse.
Embora se fale em privatização ou municipalização dos serviços da Corsan, Helena Hermany destaca que é necessário avaliar todas as possibilidades. "Vimos que muitos municípios que tomaram para si essa responsabilidade não conseguiram dar conta das obras, baixar tarifas e melhorar a qualidade do atendimento. Estamos estudando todas as alternativas possíveis. E se nós municipalizarmos teremos que dar uma indenização grande para a Corsan e isso teria que ser feito de forma imediata", pontua.
