Com o avanço da vacinação e as flexibilizações nos decretos da pandemia, os restaurantes de Santa Cruz do Sul registram maior movimentação e projetam tempos ainda melhores para os próximos meses.
De acordo com o presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Similares de Santa Cruz do Sul, Roberto do Nascimento e Silva, o cenário se mostra positivo e em aquecimento, mas o segmento precisará de tempo para se reorganizar e voltar à estabilidade necessária para crescer ainda mais.
Segundo ele, a perspectiva para o crescimento nos próximos meses está diretamente atrelada à retomada econômica do segmento. Atualmente, o turno do meio-dia é o que mais melhorou se comparado com o período mais crítico da pandemia. "Já o segmento noturno ainda sofre com as restrições de horários e a falta de pequenos eventos familiares e sociais com reserva acima de oito pessoas nos estabelecimentos", explica.
Com esse aumento no número de clientes de volta aos locais, conforme o presidente, foram necessárias contratações pontuais para completar os quadros de funcionários. Entretanto, segundo ele, não há expansão e aumento de mão de obra por conta do crescimento do segmento.
Segundo o gerente-geral do Paragem Restaurante e Antiquário, Claudio Roberto de Figueiredo Durante, a população está buscando uma volta à normalidade por conta do avanço da vacinação e a expectativa é que tudo volte ao que era antes.
No estabelecimento, muito procurado por quem circula pela RSC-287, o movimento chegou a reduzir em torno de 90% no pior momento da pandemia. Hoje, o maior fluxo de clientes ocorre das 11h30min às 15h. "Mantivemos o quadro de funcionários. Não houveram contratações e nem mesmo demissões. Acreditamos que com as flexibilizações teremos que contratar mais mão de obra", fala.
Além das flexibilizações nos decretos da pandemia, Durante prevê um aumento com a chegada do verão e do final do ano. "A população já está buscando se adequar ao "novo normal" tanto no trabalho quanto lazer", acredita.
O sócio-proprietário da Churrascaria Centenário, Vandinei Cenci, concorda. "Depois das flexibilizações, aos poucos as pessoas estão retomando sua rotina, aumentando gradativamente o movimento do comércio como um todo. Hoje o que mais impacta é a questão econômica e a alta nos preços mundiais, diminuindo o poder de compra das famílias", analisa.
Após meses difíceis de restrições, o estabelecimento está com 80% do movimento anterior à pandemia - principalmente das 12h às 13h -, o que gerou a contratação de mais sete pessoas para o time. "Minha perspectiva é que nos próximos meses tenhamos uma melhora sutil em função das comemorações de fim de ano e logo após um pequeno recuo em função das férias e continuidade das altas dos preços em todo mundo", comenta.