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"Sempre vivi a Oktober como parte da minha vida", diz Rogério dos Santos, o cabeleireiro das soberanas


Publicado 02/10/2021 19:00
Atualizado 02/10/2021 19:10

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Trabalhar com algo que se ama é muito satisfatório. Ainda mais quando esse sentimento vem de berço e, ao longo da vida, só se fortalece. É o caso do cabeleireiro Rogério dos Santos, um santa-cruzense apaixonado por um dos eventos que mais fala sobre a identidade do munícipio: a Oktoberfest. Das três décadas em que ele participa ativamente da festa, duas delas são dedicadas a ressaltar ainda mais a beleza das soberanas através das produções e penteados.

Antes de iniciar a caminhada no próprio salão, Rogério passou por outras experiências que construíram parte do caráter e o fizeram crescer como profissional e pessoa. Começou aos 13 anos, auxiliando a mãe a vender pastéis. Além disso, vendia carnês do Baú da Felicidade. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma padaria, na parte da confeitaria. Depois disso, passou por outras empresas até que, aos 20 anos, decidiu investir na carreira de modelo. Essa experiência em passarela, inclusive, foi fundamental para a inserção do santa-cruzense na Oktoberfest.

Contudo, após ser incentivado pelo irmão, Rogério fez um curso de cabeleireiro e, a partir disso, se consolidou. "Passa um filme na cabeça porque eu sempre vivi a Oktober como parte da minha vida. Eu comecei na Oktober como guia de turismo, depois fui recepcionista, aí comecei a dar palestras de postura e passarela para as candidatas, além de organizar os desfiles e coreografias. Sou grato porque, mudam as pessoas que organizam o evento, mas eu sou sempre lembrado", destaca.

Dentre os momentos marcantes da trajetória, Rogério destaca dois principais: o encerramento de cada Oktober, que ocorre no Pavilhão Central e os laços que se estenderam com as soberanas que passaram pelas mãos dele. "O último dia da festa me marca porque me dá a certeza e também para as pessoas que apostaram e acreditaram em mim, de eu ter feito um ótimo trabalho, além do reconhecimento das gurias da corte. Algumas delas tenho uma relação próxima até hoje, já fui até padrinho de casamento", conta. Além disso, ele guarda com carinho todas as viagens para divulgar o evento e ainda, quando esteve entre os convidados para cantar a música "Trem Bala", em uma escolha.

E por falar em casamento, além de atuar como cabeleireiro, Rogério também atua na organização de eventos sociais, bem como na parte da confeitaria - que foi onde ele iniciou - na produção de tortas e doces. "Faço todas essas coisas não para ganhar dinheiro, mas para ser feliz. Sempre fiz tudo com muita dedicação e procuro dar o meu melhor em cada atendimento para deixar a cliente feliz, porque sei que se a pessoa me escolheu, eu estou ali fazendo parte de um momento especial para ela", analisa.

Hoje, com 52 anos, o santa-cruzense - que por muitos anos atuou sozinho no salão - conta com uma equipe com mais três profissionais, que atendem com hora marcada, pensando em priorizar o melhor tratamento ao cliente. Já nos planos para o futuro, estão incluas viagens, poder ajudar as pessoas e, é claro, seguir tendo alegrias com as coisas que faz. Para ele, o retorno no comando dos penteados das soberanas é algo muito gratificante. "Acredito que um dos meus diferenciais seja a humildade, porque eu sempre procurei ouvir as meninas e a comissão organizadora quanto ao meu trabalho. Quero deixar aqui o meu agradecimento especial a toda organização pela confiança que depositaram em mim. O reconhecimento é o melhor presente que um profissional pode receber. Estou muito feliz", afirma.