A direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) percorreu 2,3 mil quilômetros para ouvir as equipes de trabalhadores das equipes de campo, que atuam junto aos produtores de tabaco. A atividade envolveu os técnicos rurais da BAT Brasil, e inaugura uma nova postura da entidade, ouvindo o time de campo das indústrias. Os encontros ocorreram nos municípios de Frederico Westphalen, São Lourenço do Sul, Restinga Seca, Santa Cruz do Sul e Camaquã.
O presidente do Stifa, Gualter Baptista Júnior, revela que a ação exigiu disposição para viagens. “Percorremos cinco áreas de gerência territorial da BAT Brasil, em todo o Estado. Foram várias reuniões e mais de 2,3 mil quilômetros de viagem, para ouvir também estes trabalhadores”, destaca.
Baptista Júnior explica que esta atividade – com técnicos rurais da BAT Brasil – acabou sendo pioneira, no entanto, a intenção é envolver os profissionais desta área, que são trabalhadores de outras indústrias com operação no Estado. “É naquele local, na propriedade, que nasce a safra que beneficia a todos. Por isso é necessário que se tenha um olhar sobre estes profissionais e a atividade deles que é de suma importância tanto para a indústria, quanto para o produtor de tabaco”, argumenta.
O presidente explica que a movimentação é, igualmente inédita no Stifa. Porém, a ideia é incorporá-la a atividade sindical, para que esta parte da categoria seja envolvida nos processos de negociações anuais e para que os trabalhadores que atuam diretamente no campo, com as famílias produtoras de tabaco, sintam-se participantes do sindicato. “Queríamos saber o que eles esperam das negociações anuais, que logo irão ocorrer. Foram sete dias de viagem, em cinco reuniões que realizamos com estes trabalhadores”, comenta.
Segundo o presidente do Stifa, atualmente existe uma gama de profissionais que atua no “meio de campo”, entre a indústria e a propriedade rural. “É nosso papel sim, nesta nova visão de administração, incluir todos os trabalhadores, estar presente, próximo deles e ouvir quais são as demandas deles. É preciso que todos sintam-se parte do sindicato”, complemente Baptista Júnior.