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Denúncia de assédio na Ernesto Alves é levada à Polícia Civil


Publicado 09/09/2021 16:40
Atualizado 10/09/2021 08:36

Polícia   INVESTIGAÇÃO

A Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira decidiu levar à Polícia Civil a denúncia de casos de assédio relatados por alunas da instituição. Conforme a direção do colégio, a decisão foi tomada a partir de uma reunião com o Conselho Escolar, Círculo de Pais e Mestres (CPM) e Grêmio Estudantil. O encontro foi realizado nesta quarta-feira (8), quando a definição ocorreu por unanimidade. 

Segundo a direção da Ernesto Alves, os fatos já apurados até o momento foram devidamente encaminhados aos órgãos legalmente competentes, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As atas e relatos já registrados pela escola foram entregues nesta quinta-feira a 6ª Coordenadoria Regional de Educação e à Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), que passará a investigar a situação.  

Na noite desta quarta-feira, a vereadora Nicole Weber (PTB), ativista das causas de proteção às mulheres, manifestou-se sobre as acusações de assédio que estariam ocorrendo na Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira. Informações sobre esse tipo de violência têm circulado nas redes sociais nas últimas semanas e dão conta de que estudantes teriam sido assediadas por professores da instituição. 

Em sua fala, Nicole afirmou que os fatos devem ser levados para a esfera policial, para que possam ser investigados. “Se isso está acontecendo, esses casos precisam ir para a diretoria e a diretoria precisa levar para a delegacia. Eu não posso me meter em questões institucionais de escola, mas irei cobrar sim que essas meninas sejam ouvidas e que esses casos não sejam abafados”, destacou.

Caso repercutiu na internet

De acordo com a diretora da Escola Ernesto Alves, Janaína Venzon, a instituição soube do caso pelas redes sociais e desde a semana passada trabalha na situação. Segundo ela, uma das estudantes relatou ter sofrido assédio por um professor em 2016, em uma outra escola, e divulgou o caso ao reencontrá-lo neste ano na Escola Ernesto Alves. "O caso se tornou aberto quando a aluna encontrou o professor aqui na escola e tomou conhecimento de alguns comentários em postagens de outras alunas. Aí ela chamou essas estudantes e começaram a contar sobre comentários que ele fazia durante as aulas, com vocabulário inapropriado e postura inadequada para a posição de professor", disse. Até então, a escola não havia recebido relatos sobre a conduta do professor, que foi afastado do cargo. 

Segundo Janaína, a Escola Ernesto Alves está sempre de portas abertas para ouvir os alunos e que a segurança dos alunos é preocupação constante da instituição. 


Foto: Arquivo/Portal Arauto
Escola Ernesto Alves
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