Assim como alguns serviços seguem sendo afetados pela pandemia, com as lojas que apostam na venda de indumentárias gaúchas não foi diferente. Embora as vendas já tenham melhorado em relação ao ano passado, esse tipo de comércio segue prejudicado e ainda enfrenta desafios. Para driblar as dificuldades, as lojas têm investido em promoções e locações com o intuito de atrair mais clientes.
Na Selaria Santa Cruz, as vendas aumentaram 40% em relação ao ano passado, mas, mesmo assim, o proprietário Denilson Borgmann define o momento como delicado, porque a comercialização dos produtos está muito abaixo do esperado. A aposta tem sido nos descontos que chegam a 30%, além das locações de vestidos infantis e adultos, que antes não eram feitas. Conforme ele, nesta época do ano a movimentação no local costumava ser intensa, mas com a não realização do Desfile Farroupilha muitas pessoas evitaram gastos com as vestimentas. Outro fator que prejudicou as vendas, segundo Borgmann, foram os eventos onde as pessoas não podem mais dançar. "Os colégios também estão com poucas apresentações. Esse seria o melhor período para as vendas, mas não chega nem perto do que foi nos outros anos", lamenta.
Na Maragata Pilchas e Selaria as vendas também sofreram um acréscimo em relação ao ano passado. Contudo, a comercialização dos produtos está muito longe de ser como era antes da pandemia. A proprietária Ana Paula Baierle ressaltou que as vendas aumentaram 50%, mas assim como já mencionado por Borgmann, o fato de Santa Cruz não realizar o desfile do dia 20 de setembro prejudicou muito a comercialização das indumentárias gaúchas. Diante disso, os produtos neste momento estão sendo vendidos para pessoas de outras cidades que farão o desfile. Para atrair de alguma forma mais clientes, a loja também tem apostado em descontos que chegam até 20% e nas publicações nas redes sociais com o objetivo de alcançar um número maior de pessoas.
Na Casa Duarte, as vendas tiveram um acréscimo de aproximadamente 20% em relação a 2020. Contudo, a funcionária Isabel Barcelos destaca que o movimento ainda é muito inferior aos outros anos, tanto que não foram contratados funcionários temporários para a época como nos anos anteriores. As indumentárias infantis, conforme ela, são as que mais saíram até o momento. Já as compras das vestimentas para adultos têm sido deixadas de lado por não serem realizados eventos e desfiles.