O envelhecimento é um processo natural que acompanha o ser humano desde o nascimento. Mas, para muitos, envelhecer ainda é sinônimo de preocupação por conta do aparecimento dos cabelos brancos, rugas, entre outras situações que ainda parecem ser tabus em meio à sociedade. Contudo, não é necessário se preocupar com a chegada da terceira idade, pois essa fase também oferece muitos benefícios e atrativos. Para falar sobre o assunto, a convidada do Arauto Saúde desta semana é a psicóloga e mestre em gerontologia Isabel Vargas Witczak.
Segundo a psicóloga, para que se chegue bem na terceira idade, é fundamental que sejam adotados cuidados desde muito cedo, e não apenas quando se está chegando perto dos 70 anos. “ Para que se chegue a uma vida saudável, devemos iniciar desde o nascimento a cuidar da nossa saúde, pois o envelhecimento começa desde que chegamos ao mundo. É essencial que se entenda que o envelhecimento é um processo dinâmico e irreversível, pois tu vai envelhecer e não vai voltar atrás”, ressalta a especialista.
Assim, a chegada da melhor idade também é acompanhada muitas vezes da presença dos netos, que podem trazer ainda mais alegria para os idosos, desde que esses não assumam o papel dos pais na criação. “Ser avô ou avó é compartilhar e ampliar as suas relações, interagindo e brincando com os netos, compartilhando uma vida social. No entanto, deve se atentar para que os avós não fiquem com o papel de cuidadores das crianças, pois eles já cuidaram a vida toda dos filhos, e nesse momento de cuidado dos netos, os avós deixam muitas vezes de cuidar de si mesmos, o que não é recomendado”, pontua.
Outro ponto que merece atenção é a questão do receio em chegar na terceira idade, pois muitas vezes aqueles que estão se tornando idosos não se sentem bem com o envelhecimento. “Cada um vai lidar de uma forma com a chegada da terceira idade, mas devemos pensar em si e não se preocupar com a opinião dos outros. Costumo dizer para as pessoas que trabalho, se a gente souber olhar para o idoso, a gente vê uma beleza tão grande que ela está escondida por falta de olhar”, conclui Isabel, que é mestre em gerontologia.
