A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) optou por realizar mais um semestre em formato híbrido. Mesmo que as aulas de forma online continuem, a intenção é aumentar a presencialidade dos alunos, não apenas com turmas de disciplinas práticas, mas também com turmas menores de atividades teóricas que poderiam ter aula devido ao número de estudantes.
De acordo com a diretora de Ensino de Graduação da Unisc, Giana Sebastiany, na última semana foi organizada uma reunião com os coordenadores de cursos em que, por meio da Pró-Reitoria Acadêmica, já foi iniciado um planejamento mais detalhado sobre o aumento da presencialidade no próximo semestre, mas seguindo os protocolos exigidos e observando todas as questões sanitárias da pandemia. Segundo ela, será sempre levado em consideração a evolução e os dados de controle da pandemia, de como estão as faixas etárias de vacinação, qual o número de estudantes, funcionários e professores vacinados: "Ressaltamos que já no primeiro semestre nós tivemos essa atividade híbrida, principalmente com as atividades práticas, onde nós tivemos turmas divididas com menor número de alunos em cada uma delas, respeitando a capacidade máxima nesses locais e todas as medidas de segurança".
ALUNOS POR TURMA
Diante disso, Giana destaca que as atividades práticas continuam previstas na presencialidade, especialmente as atividades práticas que ocupam salas especiais e laboratórios. "Estamos verificando turmas menores de atividades teóricas que poderiam ter aula devido ao número de estudantes e a capacidade de nossas salas, mas também considerando a capacidade de transmissão online", observa.
Ainda conforme a profissional, a universidade tem analisado a quantidade de alunos por turma e de que forma isso pode ser feito de maneira escalonada, garantindo a segurança dos estudantes. "Com certeza nós teremos mais um semestre híbrido, esperando a melhoria das condições sanitárias para aumentar cada vez mais a presencialidade", reforça. No entanto, ela ressalta que foram registrados muitos ganhos com o ensino remoto, pois todos precisaram aprender a dominar muitas outras tecnologias que podem continuar fazendo parte do cotidiano de universidade e mediando as relações pedagógicas: "Acreditamos que estamos em um outro patamar em termos de educação e em termos de amadurecimento de técnicas de metodologias e de recursos que seguirão".
Nos próximos dias haverá o processamento de matrículas, quando será definido especificamente o número de estudantes em cada turma e, como consequência, será possível definir o que se pode fazer de forma presencial e o que seguirá sendo feito de forma remota. "Também tivemos uma publicação de um parecer do Conselho Nacional de Educação com orientações para o retorno à presencialidade para todos os níveis de ensino no país e que enfatiza que, no ensino superior, a questão remota é possível e recomendada, mas que também dentro das possibilidades de cada cenário que se utilize a presencialidade”, complementa.