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Óbitos superam os nascimentos no primeiro semestre de 2021


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 17/07/2021 06:54
Atualizado 17/07/2021 06:55

Geral   ÍNDICES

Além das mais de 32 mil pessoas que já perderam a vida pela Covid-19 desde o início da pandemia, o Estado registra mais um triste índice. Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como em 2021, desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil no Rio Grande do Sul, em 2003. Foram 66.751 óbitos nos primeiros seis meses deste ano, sendo 74,3% maior que a média histórica de mortes. Já em relação aos nascimentos, o RS registrou 65.906, índice 9% menor que a média de nascidos desde 2003. 

Se analisados individualmente, conforme os dados do Portal da Transparência do Registro Civil, o mês com o maior índice de óbitos no Estado neste período foi março, com 15.963 falecimentos – possível reflexo do agravamento da pandemia, que levou aos primeiros sinais de superlotação dos leitos de UTI e clínicos destinados a pacientes com Covid-19 em fevereiro deste ano. Alguns municípios da região seguem essa tendência, registrando o maior número de mortes neste mesmo mês. Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Vera Cruz são exemplo, contabilizando em março deste ano 201, 15 e 37 óbitos, respectivamente. 

Assim como no Estado, esses municípios registraram no primeiro semestre deste ano mais falecimentos do que nascimentos. Na Capital das Gincanas, 152 pessoas perderam a vida neste período, enquanto que 148 bebês vieram ao mundo. Na terra da Oktoberfest foram 809 novas vidas e 843 óbitos. Já em Vale do Sol, 50 crianças nasceram, enquanto que os falecimentos chegaram a 59.  

MORTES PELA COVID-19

É inegável que a pandemia tem causado impacto nas estatísticas do país, sobretudo, as de óbitos. No panorama local, em municípios como Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Vera Cruz a situação não é diferente – basta analisar os boletins diários que atualizam os números da Covid-19. Especialmente neste ano, os índices de mortes pela doença aumentaram de forma expressiva. 

No Vale, por exemplo, se até o fim de 2020 era registrado apenas um óbito pelo coronavírus, esse número subiu para 19 até o final do primeiro semestre de 2021. Na Capital das Gincanas, esse crescimento é de pelo menos 37 mortes nos primeiros seis meses deste ano, quando alcançou a marca de 44 vidas perdidas. Na terra da Oktoberfest essa diferença é ainda maior. Enquanto que no final de 2020 eram contabilizados 25 falecimentos pela doença, esse dado subiu para 276. Ainda que não presente nos dados estatísticos, a expectativa do Governo do Estado é que nas próximas semanas o índice óbitos tenha queda.


Foto: Jornal Arauto / Taliana Hickmann
Mortes superaram nascimentos no primeiro semestre
Mortes superaram nascimentos no primeiro semestre