São mais de nove anos de luta e o sonho de construção do novo prédio da Escola Estadual de Ensino Médio José Mânica, em Santa Cruz do Sul, ainda segue sem data para começar a se tornar realidade. Por enquanto, tudo está apenas no papel. Aguardada desde 2012, quando o prédio principal foi demolido devido às más condições, a obra é avaliada em R$ 1 milhão.
Conforme o diretor da escola, Vinícius Finger, a escola tem buscado meios e lutado para que a obra comece a ser realizada. De acordo com ele, recentemente uma Ação Civil Pública foi ajuizada pelo Círculo de Pais e Mestres (CPM) do educandário e acatado pela Justiça que deu prazo de 90 dias para o Governo Estadual iniciar as obras. O Estado teria até o dia 31 de agosto deste ano para ao menos iniciar o investimento. Caso isso não fosse feito, uma multa diária seria aplicada. Contudo, o Estado recorreu dessa decisão e agora está sendo aguardada a decisão judicial.
A reportagem do Portal Arauto entrou em contato com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) que informou que o processo encontra-se em fase de conclusão de orçamento junto à Secretaria de Obras Públicas, Saneamento e Habitação (Sop). Após esse processo, será iniciada a fase de contratação da empresa que irá realizar a obra. A Seduc destaca, ainda, que já reservou o recurso de R$ 1 milhão para o exercício de 2021 para realização do serviço, mas que não há data definida para o começo do investimento.
REALIDADE DA ESCOLA
Além de substituir a estrutura retirada há quase uma década, a construção é essencial para o funcionamento da escola. Afinal, o segundo prédio, construído no final dos anos 70, já possui rachaduras nas paredes e saliências nos pisos do primeiro e segundo andar. Desde a demolição da estrutura principal, quem não foi realocado para o segundo prédio, estuda em uma sala modular, com paredes de gesso acartonado.
DESCONTENTAMENTO
A importância da obra na escola José Mânica tem sido pauta na sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul nesta segunda-feira (12). Usando a tribuna, o líder do Democratas, Cleber Pereira, manifestou seu descontentamento com o abandono da instituição de ensino.
O vereador mostrou-se indignado com os transtornos enfrentados pela comunidade escolar que culminaram com o fechamento parcial. “Trata-se de uma novela que já se arrasta por longos nove anos. Desde 2012 a instituição teve prédios demolidos e passou a contar com salas modulares provisórias, que já estão vencidas. O prédio principal apresenta muitas rachaduras e isso deixa professores e alunos correndo sérios riscos devido à precariedade das instalações do local”, disse ele.