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"Fizemos vacina a vida toda e não nos preocupamos com a fabricante. Por que agora nos preocupamos?", questiona infectologista


Publicado 09/07/2021 18:15
Atualizado 09/07/2021 18:22

Covid-19   PANDEMIA

A Covid-19 foi a pauta da primeira palestra da série realizada pela Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária (Acisa) de Vera Cruz, que deu o pontapé inicial na noite desta quinta-feira (8). O tema inaugural teve como palestrante uma referência regional quando o assunto é a pandemia: o infectologista Marcelo Carneiro. Durante uma hora de conversa, ele explicou dúvidas, falou sobre diferenças do cenário no ano passado em comparativo com 2021 e destacou a importância da vacinação.

Para o profissional, a imunização deve ser feita o quanto antes, independentemente de qual vacina estiver à disposição. A resposta se deu em função do fato de que pessoas estão querendo escolher qual imunizante tomar, atrasando, assim, o processo de evitar o quanto antes a circulação do vírus. "Pergunta para uma pessoa que teve Covid, que ficou internada, se ela iria preferir ficar duas, três semanas na UTI, ou até três meses, sem se alimentar e sem mexer direito. Pergunta se ela queria estar nessa situação ou ter um possível efeito adverso de vacina por dois ou três dias com febre, dor no corpo. Vamos escolher? É esse tipo de questionamento que precisamos fazer", pontuou.

Ainda conforme o infectologista, qualquer vacina será eficiente com a aplicação no maior número de pessoas possível. "Todas serão eficientes. Queremos fazer vacina para não ir ao hospital, para não morrer. A gente se faz algumas perguntas antes de tomar outras vacinas? Perguntamos qual marca de vacina nosso filhos fizeram quando crianças? Nunca a gente se perguntou. Por que agora nos preocupamos?", questionou Carneiro.

Durante a entrevista, o médico relatou que foi imunizado com a CoronaVac. "Fui e fiz a Coronavac, bem feliz. Entre 0 e 60% de eficácia, escolhi o 60% e fui bem feliz sabendo que o que eu estava fazendo era para não morrer. O que interessa é estar ganhando uma proteção maior. Será que as pessoas que estão com 30 anos intubadas em estado grave escolheriam a melhor vacina?”, perguntou.

A íntegra da entrevista que ainda abordou a importância da higienização das mãos, do uso de máscaras e o futuro da vacinação pode ser assistida no Facebook da Acisa.

 


Foto: Arquivo/Portal Arauto
Infectologista Marcelo Carneiro criticou escolha por vacina
Infectologista Marcelo Carneiro criticou escolha por vacina