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Delegada detalha investigação que localizou santa-cruzenses que estavam desaparecidas


Publicado 29/05/2021 07:00

Polícia   FINAL FELIZ

A Polícia Civil de Santa Cruz do Sul detalhou nesta sexta-feira (28) a investigação que localizou duas santa-cruzenses, uma no Amazonas e outra em Santa Catarina. As ações foram coordenadas pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Santa Cruz do Sul. Em ambas as situações, envolvendo uma jovem de 19 anos uma adolescente de 17 anos, os mistérios foram solucionados e as famílias tranquilizadas.

De acordo com a delegada, a investigação concentrou esforços para a localização das jovens. "Foram situações que se destacaram pela dificuldade na localização", pontuou. No primeiro caso, a adolescente de 17 anos, desaparecida no dia 5 de janeiro de 2021, foi encontrada em Humaitá, no Amazonas. Durante a investigação, foi constatado que a jovem havia conhecido uma mulher pela internet e que ela havia se hospedado em Santa Cruz do Sul entre o fim de 2020 e o começo deste ano. "Ela veio do Amazonas, se hospedou num hotel e daqui elas foram pra lá. Então, rastreando o nome da adulta e em parceria com a polícia de lá, descobrimos que a adolescente foi parar numa cidade do interior do Amazonas", relatou.

Após a localização, a mãe conversou com a jovem e, por saber que estava bem, aceitou a decisão da filha. O Conselho Tutelar participou das tratativas e o caso foi encerrado. A delegada Lisandra destacou os meios utilizados pela Polícia Civil, que tanto colaboraram para as investigações, como a localização de sinais, e o contato fácil com a Polícia Civil do Amazonas por conta das redes sociais. "Sem o recurso da tecnologia seria muito mais difícil localizar. Seja na localização de uma pessoa ou uma informação, o WhatsApp fez essa questão voar", disse. 

Já na segunda situação, registrada na semana passada, a mãe de uma jovem de 19 anos procurou a Polícia Civil na sexta-feira (21) para relatar que havia perdido o contato com a filha, que estava morando em Santa Catarina. Conforme o relato da mulher, a jovem havia ido trabalhar no Estado vizinho na companhia de amigas. "Elas mantinham contato frequente, mas desde o dia 21 não teve mais comunicação com a filha e nem viu postagens nas redes sociais. Então, isso nos causou uma grande preocupação", falou. Após quebra de sigilo telefônico, amigas da jovem foram identificadas e uma delas mencionou sobre o último local em que elas haviam se encontrado. 

Depois disso, a partir de uma interlocução com a polícia da região de Camboriú, os policiais foram até o local indicado. "Não havia ninguém em casa e no segundo dia estávamos mais preocupados ainda. Felizmente, depois de irem nesse local, descobrimos mais amigas e fomos rastreando, ligando, entrando em contato, até que alguém disse que era teria ido para Tijucas. Nesta quarta-feira, através de uma chamada de vídeo, conversamos com a jovem e ela disse que estava bem, mas o celular havia estragado e ela havia esquecido de manter contato com a família no Rio Grande do Sul", comentou.

Os casos das jovens fazem parte dos nove desaparecimentos de adolescentes e jovens desvendados apenas nas últimas semanas. Conforme a delegada Lisandra, as ocorrências mencionadas preocuparam a Polícia pela complexidade das investigações e também pelo receio de que crimes como rede de prostituição, cárcere privado ou até mesmo feminicídio pudessem ter acontecido.


Foto: Guilherme Bica/Portal Arauto
Investigações foram coordenadas pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho
Investigações foram coordenadas pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho