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Aedes aegypti pode causar outras doenças


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 01/05/2021 17:00

Geral   ALÉM DA DENGUE...

Com o aumento da incidência do mosquito aedes aegypti na região, principalmente no município de Santa Cruz do Sul, foi necessário adotar medidas emergenciais por parte das administrações públicas municipais da região para que a disseminação de doenças fosse controlada. Dessa forma, o combate ao mosquito tem se intensificado cada vez mais, através de ações realizadas por agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e militares do 7º Batalhão de Infantaria Blindado de Santa Cruz do Sul (7º BIB).

No entanto, se antes havia apenas a preocupação com a circulação da dengue nos municípios, agora outras doenças transmitidas pelo aedes aegypti estão sendo identificadas na região, como por exemplo o zika vírus e a chikungunya. Conforme o epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz, Luciano Nunes Duro, as doenças se assemelham à dengue. “Ambas as transmissões são através de fêmeas dos mosquitos aedes aegypti, que picam alguém contaminado, transmitindo esse vírus ao picar uma pessoa suscetível”, afirma.

Zika vírus

Identificado pela primeira vez no Brasil em 2015, o Zika Vírus é transmitido pelo aedes aegypti, tendo sido encontrado pela primeira vez em 1947, na floresta Zika, em Uganda, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela. Os principais sintomas são febre, dor ou inchaço nas articulações, olhos vermelhos, sem secreção ou prurido. Segundo o Informativo Epidemiológico do Estado, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde - que abrange os municípios do Vale do Rio Pardo - apresentava até o último dia 24 de abril três casos notificados e um confirmado de zika vírus.

Chikungunya

Detectada pela primeira vez durante um surto no sul da Tanzânia em 1952, a transmissão da chikungunya ocorre por meio da picada do mosquito aedes aegypti nos ambientes urbanos. Já no meio rural, o mosquito aedes albopictusi é que faz essa transmissão. Os principais sintomas são febre e graves dores nas articulações. Ainda, é possível ocorrer dor muscular, dor de cabeça, náusea, fadiga e erupção cutânea. 
Até o último Informativo Epidemiológico do Estado, a 13ª CRS apresentava dois casos notificados.  Segundo Luciano, a notificação ocorre quando uma pessoa procura atendimento em qualquer local (privado ou público). “Ela deve estar com queixas sugestivas de qualquer doença de notificação compulsória, que são aquelas de importância epidemiológica populacional, assim o médico tem a obrigação de notificar a suspeita e encaminhar para a vigilância epidemiológica”, ressalta.

Febre Amarela

A Febre Amarela Silvestre (FAS) é transmitida pelo mosquito do gênero Haemagogus infectado. Já a  Febre Amarela Urbana (FAU) pelo aedes aegypti infectado. No Brasil, o último caso de (FAU) foi registrado no estado do Acre, em 1942. Conforme o físico especialista em saúde da 13° Coordenadoria Regional de Saúde, Luis Casseres, dois bugios já foram encontrados mortos entre o fim de março e o começo de abril em Santa Cruz do Sul. O primeiro, localizado na Reserva dos Kroth, positivou para a doença e o segundo, encontrado em Linha Sete, teve o resultado negativo. 
Na região, Venâncio Aires aguarda o resultado do exame de um bugio encontrado em Linha Castelhano, no dia 22 de abril. 


Foto: Rafael Cunha
Mutirões estão ocorrendo em Santa Cruz e Vera Cruz para evitar a proliferação do mosquito
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