O Colégio Mauá, em Santa Cruz do Sul, foi uma das tantas instituições gaúchas que se prepararam para receber presencialmente alunos nesta segunda-feira (26). Amparados pela liberação através de decreto do Governo do Rio Grande do Sul, as escolas organizaram os protocolos para recepcionar os estudantes nesta manhã, quando uma nova nota sobre a decisão de suspensão das aulas pela Justiça foi divulgado pelo Executivo Gaúcho. A situação preocupa pais, alunos e gestores.
Conforme o diretor do Colégio Mauá, Nestor Raschen, a equipe recebeu com tristeza a notícia da suspensão. "Tanto as crianças quanto as famílias desejavam o retorno das aulas. Vocês precisavam ver a alegria das crianças nesta manhã, felizes em ver os colegas e os professores. É um desrespeito aos direitos das crianças, direito esse que é constitucional", lamenta. Por conta da proibição do retorno enquanto os estudantes já eram recepcionados, as aulas da manhã foram mantidas, mas as da tarde já foram suspensas.
Essas mudanças repentinas, de acordo com Raschen, que também é delegado regional do Sinepe, dificultam o trabalho de todos. "Fica difícil fazer a gestão de uma escola dessa forma. Preparamos aulas presenciais para esta segunda-feira e agora precisamos planejar com urgência as aulas remotas da tarde. Entendemos que estamos em uma pandemia, mas os números estão favoráveis e o próprio governo - que administra a pandemia - entendeu que seria seguro retornar", diz.
Agora, a expectativa é pelo resultado do julgamento do recurso do Estado contra a decisão que suspendeu liminarmente as aulas presenciais no RS. O recurso será analisado pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, às 18h. "Aguardamos ansiosamente essa decisão. Se tudo está funcionando, como o comércio e as indústrias, onde as crianças vão ficar? Só elas estão sendo deixadas de lado", fala.
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