Já pensou possuir no quintal de casa uma variedade de frutas e verduras à disposição na hora que quiser? Pois é, essa é a realidade da vale-solense Tatiana Frantz. Ela e os pais, Cenaide e José Armindo residem no centro de Vale do Sol.
Mas a urbanidade não é empecilho. Pelo contrário. No jardim de casa, frutas e verduras se mesclam às árvores e flores e dão um toque especial – e saboroso – na ornamentação da residência.
Segundo Tatiana, o cultivo está presente desde sempre na família. O costume passou de geração para geração. Era rotina de seus avós maternos e paternos. Eles plantavam de tudo um pouco para abastecer a mesa, e como resultado, fartura e muito sabor. É que na época, relembra Tatiana, os avós cultivavam os produtos sem uso de agrotóxicos, o que dava um gosto natural e delicioso aos alimentos. Ela pegou tanto gosto pela cultivação que também adotou a atividade.
Contudo, a vale-solense destaca que quem tem a “mão verde” é a mãe. “Eu trago para casa algumas mudas ou sementes de frutas diferentes e minha mãe planta. Umas eu compro, outras ganho. Mas minha mãe é felizarda, só de jogar algumas sementes pela janela, um pé de alguma fruta nasce”, ressalta. Foi o caso dos pés de mamão que nasceram ao lado da morada. “O mamão aqui de casa faz sucesso. Como tem dado muito, distribuo aos meus vizinhos e para os meus colegas de trabalho. Todos dizem a mesma coisa, que o gosto é inigualável”, diz, contente.
A família dispõe de um catálogo. Mamão, maracujá, banana, carambola, melão de São Caetano, laranja, bergamota, couve, repolho, alface, abóbora, feijão de vagem, chuchu e diversos temperos. O pai ainda é responsável pela plantação de mandioca, batata e feijão. “Tudo à disposição para o nosso consumo. Mas como a produção é farta, distribuímos para os amigos e vizinhos”, salienta.
Para Tatiana e Cenaide, ter todos os alimentos “na porta de casa” é gratificante, ao passo em que elas colhem frutas e verduras fresquinhas. Da horta direto para a mesa. “Nós sabemos como a fruta ou a verdura cresceu, bem cuidada, sem uso de veneno. Isso nos dá a garantia e segurança de consumir o alimento”, reflete Tatiana.
Ela ainda realça a redução nas despesas da casa proporcionada pelo cultivo caseiro. “É muito mais econômico para nós, pois a maioria dos alimentos para o nosso consumo não são comprados”, destaca.
O técnico em agropecuária da Prefeitura de Vale do Sol, Lenio Trevisan, enfatiza aspectos positivos de plantar e colher em casa. “Tem o fator saúde, que você sabe o que está consumindo, pois toda fruta quando colhida e consumida rapidamente há um melhor aproveitamento dos nutrientes. Outro fator é a terapia de plantar e colher, lidar com a terra e a natureza e, por fim, a economia, uma vez que, ao comprar, se paga um valor elevado”, aponta.