Após a entrada na adolescência, é comum que o filho siga alguns caminhos trilhados pelo pai durante a vida. Seja na opção de carreira ou no modo de viver, a influência daqueles que cuidam é inegável. Seguindo esta tendência, mesmo que indiretamente, moldou-se a paixão pela bocha no vera-cruzense Gabriel dos Santos, de 17 anos, morador de Entrada Ferraz, interior de Vera Cruz. Desde pequeno Gabriel acompanha o seu pai, Evandro Laerte dos Santos, nas competições pelo Estado.
Conforme Gabriel, a bocha sempre fez parte de sua vida.No entanto, foi apenas aos 12 anos que o jovem realizou um dos seus grandes sonhos. “Sempre gostei do esporte e praticava quando tinha oportunidade. Então, quando eu tinha 12 anos, acabei jogando meu primeiro Campeonato Municipal de Bocha, que foi um momento muito especial para mim”, conta o jovem, que revela ter sido eleito o melhor bochador da competição logo na sua estreia, dando indícios do grande atleta que iria se tornar.
Sempre na companhia do pai, Gabriel observava atentamente Evandro durante as partidas, fazendo com que o jovem se apaixonasse cada vez mais pelo esporte. O menino, que antes era o torcedor número 1 do seu pai, acabou se tornando o companheiro de equipe e dupla de Evandro nas competições pela região e o Estado. “Desde a minha estreia nos campeonatos, joguei todos os anos seguintes, tanto no municipal de Vera Cruz como no de Santa Cruz. No entanto, o que mais eu jogava eram torneios dentro de Vera Cruz e em outros municípios”, relembra o jovem, que se sente realizado pelas amizades que fez através do esporte. “Um dos grandes motivos pelo qual eu gosto tanto da bocha são os amigos que você faz, além de conhecer outros lugares e municípios. Durante estes anos que eu pratico o esporte, fiz muitos amigos que serão para o resto da vida”, afirma.
A história de Evandro na bocha já é conhecida por toda região devido a sua grande habilidade e potencial no esporte, que revela já estar praticando por mais de 25 anos. Desta forma, as inúmeras conquistas e troféus dizem por si só a relevância de Evandro nas canchas da região, que já se acostumaram a presenciar as conquistas do vera-cruzense.
Segundo conta, os seus primeiros passos na modalidade ocorreram ainda quando era jovem, na cancha do Bar Butzke, em Linha Ferraz. “Logo de cara gostei do esporte porque tive facilidade em aprender o jogo. Além disso, tínhamos uma turma muito boa praticando naquela época”, destaca o jogador, que revela ter ocorrido uma inversão de papéis no que diz respeito a presença do filho nos campeonatos de bocha. “Meu filho me acompanha desde sempre. Nunca precisei incentivar, ele sempre gostou do esporte. Hoje já sou eu que acompanho ele, sendo meu filho a motivação para eu continuar jogando”, revela.
O filho, por sua vez, afirma estar feliz com o reconhecimento e crescimento da modalidade. “Antigamente a bocha era chamada de jogo de velho. Hoje em dia isso mudou muito. Agora, muitas das equipes de bocha são formadas principalmente por atletas mais jovens e não por idosos, como era conhecido antigamente”, revela Gabriel, que ressalta que entre as lições aprendidas no esporte, está o tratamento com educação e respeito desde os mais velhos até os mais novos.
