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Tendência é que beneficiários direcionem valores para compra de alimentos e itens de primeira necessidade, diz economista


Publicado 06/04/2021 07:00
Atualizado 06/04/2021 07:13

Geral   AUXÍLIO EMERGENCIAL

O pagamento do novo auxílio emergencial - que inicia nesta terça-feira (6) - deve movimentar os pequenos varejos da região. Isso porque a tendência, conforme indica o economista Heron Begnis, é que os recursos sejam destinados para compra de alimentos e itens de primeira necessidade. 

Segundo o especialista, que também é professor do Curso de Ciências Contábeis da Unisc, com as compras realizadas nos mercados locais e de bairros, especialmente constituídos por pequenos varejos, os seus efeitos sobre a atividade econômica se multiplicam. "Isso ocorre porque estes pequenos varejos então passam a ter uma recuperação de suas vendas", destaca. 

Entretanto, conforme acredita Begnis, o auxílio emergencial perde grande parte da sua capacidade de ajudar na recuperação da atividade econômica se for destinado ao pagamento de contas relacionadas aos serviços públicos ou dívidas anteriormente contraídas pelos beneficiários. 

Conforme estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre, o novo auxílio emergencial injetará R$ 1,76 bilhão na economia do Rio Grande do Sul. Desta vez, os valores vão de R$ 150 a R$ 375, de acordo com os critérios de cada beneficiário. Os pagamentos realizados nesta terça-feira são para os nascidos em janeiro. Clique aqui para ver o calendário completo.

Para saber se tem direito ao auxílio, a consulta pode ser feita pelo Portal de Consultas da Dataprev. Para isso, o cidadão deverá informar CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento. Quem já recebe o Bolsa Família e inscritos no CadÚnico não estarão na lista já que, nesses casos, as parcelas serão depositadas automaticamente.

Avaliação da CDL

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Sul (CDL), Ricardo Bartz, há uma expectativa de que parte do valor do auxílio emergencial seja pulverizado no comércio e no varejo. "Não temos uma ideia de quais segmentos podem ser mais impactados com esses recursos, mas esperamos colher os frutos de parte desses valores injetados pelo Governo Federal. Embora bem menores, esses números giram", comenta.


Foto: Freepik
Conforme o economista, recursos devem ser aplicados em compras nos mercados locais e de bairros
Conforme o economista, recursos devem ser aplicados em compras nos mercados locais e de bairros